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sábado, 5 de outubro de 2013

"TSU foi substituída pelos cortes de 10% sobre pensões da CGA"

A antiga ministra das Finanças, Manuela Ferreira Leite, que comentava na quinta feira as conclusões do oitavo e nono exames da troika ao programa de ajustamento português anunciadas pela ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, e pelo vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, foi categórica ao afirmar que “não é correcto dizer que a TSU caiu”.
“A TSU para pensionistas foi substituída pelos cortes de 10% sobre as pensões da Caixa Geral de Aposentações [CGA]”, pelo que “não é correcto dizer que a TSU caiu”, enfatizou ontem à noite, na antena da TVI24, a antiga ministra das Finanças, Manuela Ferreira Leite.
Reportando-se às conclusões do oitavo e nono exames da troika ao plano de resgate português anunciadas pela ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, e pelo vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, Ferreira Leite assinalou que, no fundo, a TSU se limitou a ser “substituída”, pelo que Portas tem de explicar porque esta medida, aplicada ao regime geral da Segurança Social, era “a linha vermelha” que não poderia deixar ultrapassar” e porque deixou de o ser quando passa afectar os pensionistas da CGA.
Havia uma “linha vermelha para o regime geral, mas o vermelho desapareceu quando se trata apenas de alguns”, frisou, com alguma indignação, a ex-governante.
Por outro lado, aquela que também já foi presidente do PSD salientou que “houve cedências de parte a parte” entre Governo e troika. Isto é, os credores internacionais foram intransigentes quanto à meta de 4% do PIB no que diz respeito a 2014, mas, não obstante, “deram-nos folga suficiente para atingirmos a meta do défice”.
Ainda assim, realçou Ferreira Leite, os tectos de “4% ou 4,5% nunca serão atingidos, é impossível”, constando ainda que “é evidente que a austeridade se mantém” e que “a carga fiscal continua a ser elevadíssima”.
A antiga ministra das Finanças questionou também as palavras de Albuquerque, que disse não perceber os motivos que levavam os jornalistas a colocarem perguntas acerca de um hipotético segundo resgate, sobretudo, quando foi o próprio primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, a trazer à liça essa possibilidade.
«NM»

1 comentário:

RaiRaimundo Carago dos Santos disse...

Está visto que o PSD no governo não respeita a maioria...Mesmo com a derrota nas autarquias e no Tribunal eles continuam com a mesma politica " ROUBANDO AO POBRES e entregando os lucros ao capitalismo, a provar o comentário a seguir:

Orçamento Pensões de sobrevivência levam cortes já em Janeiro
Com o objectivo de compensar a não aplicação da TSU dos pensionistas e o chumbo do Tribunal Constitucional (TC), o Governo vai aplicar já em Janeiro do próximo ano uma série de cortes nas pensões de sobrevivência. De acordo com o documento a que a TSF teve acesso, a meta é uma poupança de 100 milhões de euros e o corte previsto é de quase 4% no total da despesa com este tipo de pensões.