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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

"Este é um Governo de delinquentes"

Mário Soares, ex-Presidente da República, deixou bem claro, em entrevista ao Diário de Notícias, o que acha do panorama político actual. Defende que a troika está a “roubar” Portugal e não poupa críticas a Pedro Passos Coelho e ao próprio Presidente da República, Cavaco Silva.
Em entrevista ao jornal Diário de Notícias, Mário Soares, co-fundador do PS, é peremptório na avaliação que faz da actual situação política em Portugal: “Este Governo não tem rei nem roque, nem sabe o que quer, nem sabe para onde vai.”
O ex-Presidente da República criticou fortemente as decisões que o partido social-democrata tem vindo a tomar, apontando que Portugal deveria seguir o exemplo da Argentina e não pagar a dívida. “O que a troika nos faz é um roubo. (…) Um país que fez o que nós fizemos, agora estar sujeitos a uns usurários que (…), com os juros imensos roubam o dinheiro todo de Portugal”, salienta.
Mário Soares acredita que o actual Governo, “é um Governo de delinquentes”. Defende que Rui Machete deveria ter tido a “sensibilidade e inteligência” de se demitir a ele próprio e Pedro Passos Coelho deveria fazer o mesmo: “Como é que é possível que o primeiro-ministro não se demita a ele próprio, depois de saber que é vaiado em toda a parte, que ninguém o toma a sério (…) e continue agarrado ao poder, como uma lapa?”.
O histórico socialista não poupa também Cavaco Silva afirmando que não entende por que o Presidente da República “anda pelo estrangeiro e não diz uma palavra”, concluindo que “é significativo do medo com que está como protector de um Governo que todo o povo odeia”.
Soares acredita que o Governo deveria ter caído na altura em que Paulo Portas se demitiu, assinalando que o seu retorno como vice-primeiro ministro “é de gente que não tem valores, princípio, espírito, nem carácter nem nada” e defende que, caso a actual Governo caísse, “seria a alegria nacional. Porque se isso tivesse acontecido, havia que encontrar uma situação sem delinquentes. (…) Podia haver um Governo de salvação nacional, por exemplo.”
«NM»

2 comentários:

Guevara disse...

NÃO É ROUBO... Porque é consentido pelos governantes e pela maioria dos portugueses que votaram nesta politica e nestes governos. Aposto que não vão à TRAVESSIA DA PONTE DE 25 de Abril no próximo dia 19-OUTUBRO 2013, mesmo com transporte gratuito.

VFPF disse...

MURPI: Condição de recurso não se pode aplicar a pensão de sobrevivência
A Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos (MURPI) sustentou este domingo que não se pode aplicar a condição de recurso para as pensões de sobrevivência, considerando que o Governo vai ter “mais um problema” com o Tribunal Constitucional.
“A condição de recurso não se pode aplicar a uma pensão de sobrevivência que é do regime contributivo, porque a lei de condição de recursos foi aprovada só para ser aplicada nos subsídios não contributivos, como por exemplo o rendimento social de inserção”, disse à agência Lusa o presidente da confederação, Casimiro Menezes, alertando que a medida é “inconstitucional e ilegal”.

A "condição de recurso" para as pensões de sobrevivência será prestada por quem receba duas ou mais pensões cujo valor total supere os 2.000 euros, anunciou este domingo, 13 de Outubro, o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas.

"A opção do Governo foi: até 2.000 euros as pessoas estão isentas", afirmou Paulo Portas.

O vice-primeiro-ministro falava numa conferência de imprensa na Presidência do Conselho de Ministros, em Lisboa, enquanto ainda decorria a reunião extraordinária do Conselho de Ministros, que começou pelas 10h00, ladeado pela ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, e pelo ministro da Segurança Social, Mota Soares, que não intervieram.

Casimiro Menezes reiterou que o Governo, de coligação PSD/CDS-PP, “não deve mexer nas pensões”, salientando “não ser justo que aqueles que descontam mais para a pensão de sobrevivência serem os que vão ser mais penalizados por esta medida”.

“No meu entender, o Governo vai ter mais um problema com o Tribunal Constitucional”. VFPF