Por razões adversas não consegui encontrar-me com António
Moreira na ‘maracha do Tejo’ mas em recompensa tivemos hoje uma conversa sincera,
daquelas de ‘verdadeiros amigos’ onde me confirmou aquilo que dele pensava - a
iniciativa foi dele.
Soube esperar pelo momento certo para conversarmos, depois das eleições, sobre o que eu queria saber e das dúvidas que existiam por estarem escondidas no meio de folhas amarelecidas por causa do tempo que já passou
Soube esperar pelo momento certo para conversarmos, depois das eleições, sobre o que eu queria saber e das dúvidas que existiam por estarem escondidas no meio de folhas amarelecidas por causa do tempo que já passou
Já conheço o Moreira vai para muitos anos e sempre o considerei
como um pessoa de bem, uma pessoa de palavra, um homem em quem podemos
acreditar e um daqueles homens que quando se entrega a uma causa é de “corpo e
alma” para além de possuir um “coração do tamanho do mundo” para quem dele
precisar.
Não vou entrar em detalhes mas não deixo do alto do ‘Miradouro dos Patudos’, onde me encontro
a escrever este pequeno texto resumir um pouco daquilo que me contou e daquilo
que não sabia.
Ouvi atentamente António Moreira e escutei a sua mágoa por
tudo o que lhe fizeram e das ‘ameaças de morte’ que lhe foram dirigidas por
alguém no ‘fim da linha’ e das traições a que esteve sujeito e das patifarias
que nele descarregaram quando esteve no PS/Alpiarça vindas e feitas no interior
do partido por pessoas que ele julgava ‘amigas’ mas que não passam de uns 'traidores'.
O suficiente para hoje nada querer com eles e saber que vale
mais ter meia-dúzia de amigos, dos bons,
que centenas que mais não são do que uns traidores.
Uma das mágoas que tem é de o acusarem daquilo que não é e nunca
foi: ser um ‘traidor ou um troca-tintas’ porque é um homem de palavra.
Desde mensagens no telemóvel a chamarem-lhe tudo ‘menos santo’; a ameaçarem-no de morte entre outros ‘mimos’ foram coisas que nunca lhe faltou.
Da concelhia socialista, resta-lhe uma lembrança: a seriedade
e competência de Regina Ferreira. Se não tivesse havido ‘trocadilhos’ nos candidatos talvez os resultados eleitorais tivessem sido outros.
Anonimamente e desde que passou a fazer parte do TPA muitas
pessoas, ditas de ‘amigas’, ameaçaram-no de tudo e ‘mais alguma coisa’.
Até aqueles em que ele confiava ‘cegamente’ lhe ‘passaram a
perna’ mas Moreira soube sempre seguir em frente e no caminho que acredita ser
o certo.
A ‘magoa’ do que lhe fizeram na Concelhia socialista não será
esquecida nos próximos anos. Poderá sim ser perdoada mas esquecida não porque o
seu carácter e os seus princípios a isso o leva.
Fiquei a saber, como os mais incautos ficam agora a saber’
que antes de ir para o TPA convites não lhe faltaram para bons cargos. Tudo recusou
porque sabia que ‘alguém’ continuava nos bastidores a comandar os destinos
locais da ideologia que perfilhava e antes que a desgraça ou o contraditório
lhe ‘fizesse alguma’ deixou-se ficar no caminho que acreditava e que afinal
construiu com a humildade que lhe é reconhecida.
Hoje e para “descargo da sua consciência” e poder lavar a sua
alma, nesta conversa a dois, disse-me muita coisa e provou-me o que eu já sabia,
que não é nada do que o acusaram durante a campanha eleitoral.
Não precisava de ouvir da boca de António Moreira e muito
menos de ver os seus olhos a ficarem húmidos porque está ferido de ter
acreditado em pessoas que mais não são do que ‘amostras de gente’ e uns
‘traidores’.
Falou-me com o coração!
Nunca duvidei!
Mas sente-se um homem realizado porque agora entregou-se de
corpo e alma ao TPA onde espera estar muitos anos porque Alpiarça precisa de
homens como ele e como aqueles que deste movimento fazem parte.
Encontrou na casa do TPA ‘pessoas com uma entrega’ que já
julgava não existirem.
E, porque é ali que se sente bem é por ali vai continuar.
Assim seja!
Para o António Moreira, homem por quem tenho muita
consideração, continue a trilhar o caminho que sempre desejou: respeitar os
outros e ser respeitado.
A política é um caminho cheio de encruzilhadas.
Por: António Centeio