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quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Do'Miradouro dos Patudos' para António Moreira


Por razões adversas não consegui encontrar-me com António Moreira na ‘maracha do Tejo’ mas em recompensa tivemos hoje uma conversa sincera, daquelas de ‘verdadeiros amigos’ onde me confirmou aquilo que dele pensava - a iniciativa foi dele. 
Soube esperar pelo momento certo para conversarmos, depois das eleições, sobre o que eu queria saber e das dúvidas que existiam por estarem escondidas no meio de folhas amarelecidas por causa do tempo que já passou
Já conheço o Moreira vai para muitos anos e sempre o considerei como um pessoa de bem, uma pessoa de palavra, um homem em quem podemos acreditar e um daqueles homens que quando se entrega a uma causa é de “corpo e alma” para além de possuir um “coração do tamanho do mundo” para quem dele precisar.
Não vou entrar em detalhes mas não deixo do alto do ‘Miradouro dos Patudos’, onde me encontro a escrever este pequeno texto resumir um pouco daquilo que me contou e daquilo que não sabia.
Ouvi atentamente António Moreira e escutei a sua mágoa por tudo o que lhe fizeram e das ‘ameaças de morte’ que lhe foram dirigidas por alguém no ‘fim da linha’ e das traições a que esteve sujeito e das patifarias que nele descarregaram quando esteve no PS/Alpiarça vindas e feitas no interior do partido por pessoas que ele julgava ‘amigas’ mas que não passam de uns 'traidores'.
O suficiente para hoje nada querer com eles e saber que vale mais ter  meia-dúzia de amigos, dos bons, que centenas que mais não são do que uns traidores.
Uma das mágoas que tem é de o acusarem daquilo que não é e nunca foi: ser um ‘traidor ou um troca-tintas’ porque é um homem de palavra.
Desde mensagens no telemóvel a chamarem-lhe tudo ‘menos santo’; a ameaçarem-no de morte entre outros ‘mimos’ foram coisas que nunca lhe faltou.
Da concelhia socialista, resta-lhe uma lembrança: a seriedade e competência de Regina Ferreira. Se não tivesse havido ‘trocadilhos’ nos candidatos talvez os resultados eleitorais tivessem sido outros.
Anonimamente e desde que passou a fazer parte do TPA muitas pessoas, ditas de ‘amigas’, ameaçaram-no de tudo e ‘mais alguma coisa’.
Até aqueles em que ele confiava ‘cegamente’ lhe ‘passaram a perna’ mas Moreira soube sempre seguir em frente e no caminho que acredita ser o certo.
A ‘magoa’ do que lhe fizeram na Concelhia socialista não será esquecida nos próximos anos. Poderá sim ser perdoada mas esquecida não porque o seu carácter e os seus princípios a isso o leva.
Fiquei a saber, como os mais incautos ficam agora a saber’ que antes de ir para o TPA convites não lhe faltaram para bons cargos. Tudo recusou porque sabia que  ‘alguém’ continuava nos bastidores a comandar os destinos locais da ideologia que perfilhava e antes que a desgraça ou o contraditório lhe ‘fizesse alguma’ deixou-se ficar no caminho que acreditava e que afinal construiu com a humildade que lhe é reconhecida.
Hoje e para “descargo da sua consciência” e poder lavar a sua alma, nesta conversa a dois, disse-me muita coisa e provou-me o que eu já sabia, que não é nada do que o acusaram durante a campanha eleitoral.
Não precisava de ouvir da boca de António Moreira e muito menos de ver os seus olhos a ficarem húmidos porque está ferido de ter acreditado em pessoas que mais não são do que ‘amostras de gente’ e uns ‘traidores’.
Falou-me com o coração!
Nunca duvidei!
Mas sente-se um homem realizado porque agora entregou-se de corpo e alma ao TPA onde espera estar muitos anos porque Alpiarça precisa de homens como ele e como aqueles que deste movimento fazem parte.
Encontrou na casa do TPA ‘pessoas com uma entrega’ que já julgava não existirem.
E, porque é ali que se sente bem é por ali vai continuar.
Assim seja!
Para o António Moreira, homem por quem tenho muita consideração, continue a trilhar o caminho que sempre desejou: respeitar os outros e ser respeitado.
A política é um caminho cheio de encruzilhadas.
Por: António Centeio