.

.

.

.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

ASAE proibe palavra Santarém nos vinhos de mesa da Adega Cooperativa de Alcanhões

Esta sexta-feira, durante todo o dia, os trabalhadores da Adega Cooperativa de Alcanhões estão a riscar a palavra “Santarém” em cerca de 2.000 caixas de vinhos, para poderem seguir numa encomenda para o Luxemburgo. A imposição foi feita pela ASAE após uma visita dos fiscais esta quinta-feira, que chegaram a selar as caixas com cerca de 10 mil litros de vinhos que já estavam acondicionadas em paletes para seguirem numa encomenda para o Luxemburgo.
O insólito tem a ver com o facto das caixas de vinho de mesa terem inscrita a morada da Adega Cooperativa de Alcanhões, com a indicação do código postal “2000-371 Alcanhões, Santarém, Portugal”.
“Na interpretação dos fiscais da ASAE a palavra “Santarém” só pode ser escrita nos vinhos certificados (regionais e DOC) da Adega e não nos vinhos de mesa, por a palavra Santarém corresponder a uma sub-região”, disse a O Ribatejo Paulo Durão, funcionário da Adega.
Por isso, os fiscais deram ordem para selar todas as caixas de vinhos com a palavra Santarém, que estavam prontas para exportação para o Luxemburgo e também para a Madeira.
O presidente da Adega Cooperativa de Alcanhões Joaquim Saramago ficou indignado com esta imposição da ASAE e de imediato usou todos os canais para reclamar. Mas já a meio da tarde, os fiscais da ASAE que estavam na Adega receberam ordens para desselar as paletes de vinhos, mediante o compromisso dos funcionários da Adega de que iriam tapar a palavra proibida. O que está a ser feito durante todo o dia desta sexta-feira, mobilizando todos os funcionários da Adega, com os transtornos que isso causa num momento em que ainda decorrem as vindimas.
Já esta sexta-feira de manhã, na sessão de Câmara de Santarém, o presidente Ricardo Gonçalves criticou esta situação: “Numa altura em que o país atravessa uma crise e as exportações assumem uma importância acrescida, surgem estas pequenas forças de bloqueio, pequenos interesses, que não fazem mais nada se não chatear”. Ricardo Gonçalves sublinha que os fiscais da ASAE não detetaram quaisquer anomalias sanitárias ou outras nos vinhos, apenas esta questão da palavra Santarém na morada escrita nas caixas”.
«O Ribatejo»

Sem comentários: