Praceta José Pinhão novamente na ribalta

 Antiga Praceta José Pinhão novamente na ribalta. Um alpiarcense lança o seguinte desafio na sua página do Facebook:

"O monumento a José Relvas foi a inaugurado em 31 de Outubro de 1982 e destina-se a homenagear este habitante de Alpiarça, que também foi um vulto da 1ª República e que teve um papel preponderante na elevação de Alpiarça a concelho.

Lembro-me perfeitamente que foi deliberado na Assembleia Municipal de Alpiarça e também pela Assembleia de Freguesia e penso que por unanimidade por todas as forças políticas envolvidas, que este monumento ficaria provisoriamente no jardim municipal (tanto que a sua base possui anéis de aço para poder ser levantado por uma grua), até que fosse concluída a Praceta José Relvas que seria constituída após a construção de mais dois edifícios iguais àquele onde se situa o balcão de Alpiarça da Caixa Geral de Depósitos.

Entretanto o Executivo socialista resolveu fazer tábua rasa do que tinha sido deliberado anteriormente e não só mudou o nome de Praceta José Relvas para Praça José Faustino Pinhão (sem sequer ouvir os moradores, tanto que hoje muitos ainda nem sequer mudaram a morada dos seus documentos), como manteve o monumento a José Relvas no Jardim Municipal, na minha opinião local muito modesto para tão importante figura alpiarcense.

Proponho ao próximo executivo que reponha o nome à Praça ou Praceta José Relvas e coloque o monumento a José Relvas no local que lhe pertence. Se não tiver coragem de o fazer de motu próprio que faça um referendo à população e questione a sua opinião."

Mais à frente acrescenta:

"Eu era um jovem funcionário da Câmara na altura e tive o privilégio de ver todas as maquetas apresentadas pelos vários escultores a concurso, que inclusive estiveram expostas no Salão Nobre do Município. Sinceramente não sei onde param as maquetes, mas acho que foram devolvidas aos autores. Mas lembro-me perfeitamente que uma das maquetas era um monumento em bronze que representava José Relvas em pé, penso que a ideia do escultor era fazer lembrar José Relvas a proclamar a República. Infelizmente, o júri do concurso na altura presidido por um jovem alpiarcense influente militante do PCP, preferiu, quando a mim mal o monumento em betão, indo também contra a opinião de outros membros do júri que já na altura defendiam o monumento em bronze, até porque o preço era o mesmo, pois o caderno de encargos assim o exigia. O betão não confere à personalidade de José Relvas a dignidade e a grandiosidade que ele representa para Alpiarça. O bronze é o material, aliás, em que estão executadas algumas esculturas de Armando Ferreira, nas quais se inclui o monumento a inaugurar na futura Praça do Município, obra que está em curso. Relativamente à sua colocação no centro da Praça José Pinhão, não consigo entender como é que o nome José Relvas é substituído por José Pinhão, ainda por cima tendo em consideração que do ponto de vista do projecto urbanístico aprovado, aquela Praça era o Ponto Fulcral do Centro Cívico, projecto urbanístico muito vasto e que envolve vários quarteirões que se estendem desde aquele local até à Vala, incluindo Os Águias, o espaço até à Igreja, o espaço ao lado da igreja, o antigo edifício-sede da "Música", o Mercado Municipal, o Largo Vasco da Gama, a demolição daquele casario em ruínas no local e a sua ligação à Vala."