O que carateriza um blogue é a possibilidade dos leitores deixarem comentários de forma a interagir com o seu autor e com outros leitores. É isso que lhe dá vida e é a razão da sua existência… E se os comentários forem bem fundamentados, baseados em factos "reais", todos nós, leitores, ficaremos a ganhar… E foram os factos "reais", reproduzidos numa notícia recente de "O Mirante", que deram atualidade, de novo, ao assunto em questão e desencadearam, neste blogue, alguns ataques ferozes e sem fundamento à Diretora e à Direção da Escola. O facto "real" de me recordar do que se passou há alguns anos com ataques idênticos, embora mais graves, levaram-me a deixar comentários e a interagir com outros leitores, afinal a razão da existência deste e de outros blogues.
No entanto, no seu texto, este anónimo irritado tenta pôr em causa esta realidade e esta interação através de 3 linhas estratégicas muito comuns entre quem não tem argumentos válidos para apresentar:
1 - Desvalorizar os intervenientes (insinuar como “caso de cachopos”);
2 - Reduzir ao mínimo a importância do assunto em discussão ( é uma “guerra” entre “PS e PC”);
3 - Dissuadir eventuais leitores de participarem numa discussão séria e aprofundada do assunto (afirmar que “é caso da população dizer BASTA e TENHAM VERGONHA NA CARA”).
É evidente que, afinal, estas são estratégias que “servem” para todos os assuntos publicados neste blogue e, se tivessem êxito, acabariam com o próprio blogue, enquanto tal.
Contudo, como estas estratégias se baseiam em erros e contradições, acabam por se esboroar ao mínimo aprofundamento…
O principal erro do anónimo irritado é reduzir este assunto a uma "guerra" PS – PC. A realidade não existe apenas a preto e branco… Por um lado, muita gente do PS (e alguns assumiram-no publicamente) não se identifica com estes ataques à Direção da Escola. Por outro, a equipa que dirige a Escola tem diversas sensibilidades políticas, onde, entre outras simpatias partidárias, existem elementos que se assumem, claramente, como apoiantes do PS…
O segundo erro é desvalorizar a importância deste assunto para o desejado “bem comum”… Vejamos: a escola movimenta centenas de pessoas, de diversos níveis etários, quer a nível profissional, quer de aprendizagem (jovens) e de acompanhamento (encarregados de educação). A escola é o reflexo da comunidade envolvente, com as suas virtudes e os seus problemas, estes agravados por uma governação que tem promovido o empobrecimento e desemprego, que a todos atinge, aos próprios, aos familiares ou aos amigos. À escola vão parar diariamente os problemas que se geram nas famílias: desemprego, separações, desentendimentos, falta de acompanhamento, maus tratos, revoltas, falta de condições económicas, fome ou, pontualmente, outros ainda piores… Imagino só, pois nunca estive em situações semelhantes, a dificuldade em gerir toda esta amálgama de problemas diários e da importância da sua boa resolução para o bem estar da comunidade… E o que vemos? Ataques constantes e violentos à Diretora e à Direção da Escola, criando desgaste psicológico e instabilidade… Então, não é extremamente importante para a comunidade que exista estabilidade na Escola de forma a melhor ajudar a resolver estes problemas e a cumprir a sua função principal? Existem outras opiniões sobre como resolver estes ou outros problemas ? Apresentem-nas nas associações (alunos / encarregados de educação) ou no Conselho Geral onde a comunidade alpiarcense está representada e até os professores estão em minoria…
O terceiro erro, para quem diz pretender o “bem comum”, é a desresponsabilização dos atos praticados (“queremos lá saber se o meninos foram castigados ou não…) – Afinal, olhamos à nossa volta e verificamos que o aprofundamento da crise que nos assola e rouba o emprego, o salário ou a pensão, assentou, precisamente, na total desresponsabilização de políticos, gestores e banqueiros (casos BPN, BPP, PPP, e outras siglas fatais)…
Por outro lado, se o anónimo irritado acha tão insignificante este debate, por que razão resolveu participar? Se era para falar de guerras PS-PCP tinha muitos textos específicos sobre esse assunto para escolher… Mas a resposta a esta questão está no objetivo traçado: “abafar” esta discussão!
Na verdade, quem quer “destruir o futuro dos nossos filhos e netos” são os que pretendem calar o debate de ideias, impedir a clarificação das situações e evitar a penalização dos responsáveis pelos maus atos…
Noticia relacionada:
"A confirmação da classe de politicos e partidos qu...":
2 comentários:
Este comentário deixa muito a desejar, talvez eu compreendesse mal, por isso digo ( DEIXA MUITO A DESEJAR), vejamos diz para não misturar politica com ensino mas dá uma achega ás suas opiniões politicas que é como se compreende eliminar logo à partida o PS e o PCP o resto tudo do seu agrado.É mais um comentário de um " SABÃO" que se diz INDEPENDENTE mas não se ataca ao PSD nem ao CDS ou mesmo ao BE esta é uma realidade é só lerem com atenção este sábio comentarista. O resto tirem as conclusões que entenderem.
Se ler o texto com mais atenção, entenderá melhor o que foi escrito e a consequente desconexão do que escreveu em resposta. Obrigado.
Enviar um comentário