O secretário-geral da CGTP disse hoje que a conferência de imprensa de
domingo do presidente do CDS-PP e ministro de Estado e dos Negócios
Estrangeiros, Paulo Portas, foi uma “cena maquiavélica” e de “grande
hipocrisia”.
Arménio Carlos expressou a convicção de que Paulo Portas “abriu no
domingo uma nova campanha eleitoral, assumindo publicamente o seu desejo
de se perpetuar no poder” e que “está a procurar dar o salto, deixando o
seu parceiro de coligação para trás para preparar (…) outro parceiro
para fazer um casamento por conveniência”.
Em causa estão as
declarações do presidente centrista e ministro de Estado e dos Negócios
Estrangeiros, que falava numa conferência de imprensa na sede do CDS-PP,
sobre as medidas de austeridade anunciadas na sexta-feira pelo
primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.
O presidente do CDS-PP,
Paulo Portas, revelou não concordar com a nova contribuição sobre
pensões e confessou ter ficado incomodado com o alegado aumento da idade
da reforma para os 67 anos, defendendo que essa discussão, apontando
para os 66 anos, deve ter "consenso social e densidade técnica".
O
líder da CGTP criticou o facto de o ministro dos Negócios Estrangeiros,
“um membro do Governo, vir para a televisão (…) dizer que afinal a
culpa não é dele, mas dos outros” e lembrou que o CDS-PP possui
“ministérios-chave no que respeita a sensibilidades sociais”.
Arménio
Carlos deu o exemplo do Ministério da Solidariedade e da Segurança
Social e recordou que a ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e
do Ordenamento do Território, Assunção Cristas, “aprovou uma lei que
facilita os despejos, particularmente das pessoas mais idosas”.
Durante
a inauguração da Casa Sindical de Leiria, o sindicalista reiterou a
confiança de que a manifestação agendada pela central sindical para 25
de maio em Belém (Lisboa), junto à residência oficial do Presidente da
República irá “mostrar a força imparável do povo”.
Razões, segundo
Arménio Carlos, não faltam: “Não podemos aceitar salários em atraso,
(…) que o desemprego seja regra e não a exceção, que seja anunciado um
novo pacote, e brutal, contra os trabalhadores da função pública (…)
porque isto é anormal, imoral e ilegal em muitos casos”.
«Lusa»
1 comentário:
Camarada Arménio Carlos, olhe que cá por Alpiarça a CDU aprecia muito o partido do Paulo Portas. Até já estão coligados.
O mundo está para acabar em breve... Só faltava ver isto.
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