Por: José João Pais |
O sossego da noite é a melhor altura para pensar,
pelo menos para mim. Muitos projectos de vida têm nascido nestas
meditações tardias. Mas também muitas outras ideias. Umas
concretizam-se, o...utras ficam
armazenadas à espera de melhor oportunidade. Estava aqui a pensar nos
diversos candidatos à nossa Camara Municipal. Devem estar a fazer os
seus planos, a passar para o papel as medidas que pretendem implementar,
e que, no seu ponto de vista, podem contribuir para o progresso de
Alpiarça. Agora é comum dizer-se que a crise condiciona a concretização
de muitos projectos. Pode ser verdade em muitos casos. A habilidade do
“artista” está em fazer o necessário, sem gastar muito. E aquilo que se
faz tem que ser útil à comunidade. Doutra forma é desaproveitar o pouco
que temos. O que é criminoso, perante a “pobreza” que se alarga cada vez
mais. Um exemplo simples. Deve ser fácil promover um pequeno circuito
turístico em Alpiarça entre 2 monumentos. Um, a Casa dos Patudos e o
outro, a Igreja de Alpiarça, que também tem bons motivos para ser
visitada. Quem fosse visitar a primeira, iria também visitar a segunda.
Aumentava-se para já a oferta, sem grandes custos. Era só articular com
os agentes de viagem. Mas que benefícios acrescidos para a população, ou
para o comércio, teria este pequeno complemento de oferta. Simples, a
meu ver. As camionetas com os visitantes parariam no centro de Alpiarça
para visitarem a Igreja. Estariam aqui cerca de uma hora. Em volta da
Igreja temos diversas lojas de comércio, cafés, pastelarias. É natural
que, antes ou depois da visita, algumas pessoas quisessem beber uma
“bica”, comer um bolo, ou comprar uma pequena lembrança. Eu, que gosto
de passear, sei que isso acontece em todo o lado. No ano passado
visitaram a Casa dos Patudos cerca de 13.400 pessoas. Com as obras, a
tendência será para aumentar. Acreditamos que metade possa querer
visitar o Museu e a Igreja (se para isso forem devidamente
direcionadas). Admitamos então que, no mínimo, cerca de 6 ou 7.000
pessoas/ano possam ser potenciais clientes do comércio existente em
volta da Igreja. É plausível pensar que cada um possa gastar 3€ (pouco
mais que 1 bica e 1 bolo). Mas se houver uma oferta apelativa, será
mais, com toda a certeza. Estamos a dizer, que, sem grandes custos, com
um bom marketing junto dos agentes de viagens, possam ficar “por cá”
cerca de 20.000€. Mas com uma boa articulação entre as partes envolvidas
(comércio, Museu, Igreja, agentes de viagem) facilmente se aumentaria
esta verba. Viável a ideia? Penso que sim. Não custa nada pensar nela,
quando tanto se fala em ajudar o comércio de Alpiarça.
5 comentários:
O amigo Pais é boa pessoa e pessoa que admiro mas continua a ser um sonhador. A sua ideia é boa mas na prática não traz vantagens quase nenhumas.
Diz que 7.000 pessoas/ano podem ser potenciais clientes do comércio existente em volta da Igreja, mas afinal que comércio existe em volta da igreja?
Mal de Alpiarça quando o comércio está só confinado em volta da igreja e dirigido a meia dúzia de estabelecimentos.
Não verdade o amigo Pais deve viver noutro planeta e faz contas a dormir.
Alpiarça precisa de ter visitantes diariamente e aqui o Parque de Campismo se estivesse a funcionar poderia ter um papel importante. Os ocupantes do mesmo viriam ao interior de Alpiarça e haveria um movimento permanente. Quem não se lembra quando o mesmo esteve entregue ao José Augusto e o movimento que havia pelas ruas de Alpiarça.
Agora sugiro eu:
Porque não a Câmara disponibilizar aos visitantes do Museu um autocarro gratuito e levar os mesmos a visitar a quinta da Lagoalva, a Casa Paciência, a Adega da Gouxa, a adega dos Cunhas, o Casalinho etc…
Mas falando em coisas sérias:
O amigo Pais ainda acredita que as agências de viagem iam investir em Alpiarça e nos suas ideias?
Acorde PaisQ!
É mais fácil os comunistas trazerem milhares de reformados às suas festas em Alpiarça do que haver uma agencia de viagem pronta a investir em Alpiarça.
Não invista a Câmara em disponibilizar meios para atrair cvisitantes para dentro do concelho e…
Não se lembrará o Pais que nas antigas instalações da Farmácia Aguiar existiu um pequena loja com “recordações” de Alpiarça e que lhe aconteceu com as pessoas que visitavam Alpiarça e queriam levar “recuerdos” alpiarcenses?
Simplesmente fechou porque nem ganhava para pagar a renda.
Tenha é ideias para aumentar a população e talvez a conversa seja outra
Tanta ignorância meu caro senhor....
Diga-me lá entao como se aumenta a população sem ser a furar preservativos na farmácia ?
Então levar pessoas à adega dos Cunha? Tou a ver. Você não é nada burro não.
Começam agora a conhecer-se algumas motivações para se ser presidente de câmara...
O Parque de Campismo sim, parece-me ser uma boa aposta. Embora esta paragem de anos tenha contribuído para o esquecimento do parque e para uma imagem pouco abonatória de Alpiarça.
Vi muita gente ir dar por lá uma volta com tendas e caravanas e voltar decepcionado com aquele estado de abandono. Hoje com a crise que é transversal a quase todos nós, será certamente uma boa alternativa para passar por lá uns dias acampado que a vida está difícil. Há dias um amigo do norte do país, perguntava-me pelo parque de campismo de Alpiarça, dizendo que há uns anos, passou aqui um fim-de-semana acampado e gostou do lugar dizendo ser sossegado. Lamentou quando lhe contei a história do seu estado de abandonono.
Recordo ainda as dezenas de pessoas que se passeavam por Alpiarça, principalmente pela zona da Casa do Povo e muitos iam mesmo a pé até à baixa.
Desta vez se houver dinamismo, organização e jeito para conduzir o negócio, penso que será coisa para perdurar no tempo com alguma procura e rentabilidade. Nos próximos anos e muito devido à crise, os parques de campismo, mesmo no interior, vão ser mais procurados que nunca.
A podridão aí está de novo a atacar o poder local. A idéia do senhor Pais é maravilhosa e com boas intenções mas da responsabilidade do TURISMO e não das Câmara como a podridão quer.Eu já organizei uma excursão há meia dúzia de anos com turistas franceses de origem portuguesa e no que respeita ao Ribatejo em comunicado com o turismo ribatejano propuseram e tentámos no melhor do possivel conhecer Alpiarça até que vinha essa excurção 4 descendentes de um emigrante de Alpiarça. Ficámos em Torres Novas no grande Hotel Os Cavaleiros e daí saiamos todos os dias durante 15 dias, a visita a Alpiarça fez-se assim; Parámos o autocarro no parque em frente à Camara e ficámos envergonhados com o aspecto do desmazelo daquele local. depois seguimos até à praça velha e aí estacionámos e uns foram visitar a igreja outros o espólio dos Águias e outros ainda uma estátua ridícula de uma mulher nua, sem guia turístico que falasse francês para explicar o que representava. seguimos depois para o museu dos Patudos aí sim muito aplaudido pelos turistas estrangeiros.Quero eu dizer com esta experiência que só se pode organizar passeios destes se a região Turística do Ribatejo tiver pessoas como por exemplo o senhor Pais conhecedor desta problemática e deixem a Câmara para o que foram criadas o DEVER CÍVICO.
Enviar um comentário