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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

POLITICA: Sócrates e Passos Coelho

De facto com Sócrates estávamos mal mas já haveria uma situação clarificada o país já tinha entrado em default, os funcionários públicos estariam, no mínimo, a enfrentar o célebre curralito argentino, durante o qual os funcionários tinham dinheiro no banco mas não o podiam levantar, logo não podiam fazer a sua vida normal.
Com Passos Coelho ainda estamos na indefinição de quando entramos em default, arrastados pela Grécia, e pelos juros exorbitantes cobrados pelos investidores quer para manter a divida publica portuguesa que já possuem como pela que venham a adquirir em futuras emissões.
Com Passos Coelho, ao contrário de com Sócrates, que sabemos não iria cumprir o acordo assinado com a troika, se não vejamos o caso da TSU que deveria ter uma redução significativa, o que para Sócrates se traduzia em meio ponto percentual, no máximo, não sabemos quais os pontos do acordo que serão cumpridos e os que o não serão, sendo que para a troika, já escaldada com o incumprimento e chantagem da Grécia Portugal só tem que cumprir ou então sair da zona euro.
Portugal, Irlanda, Grécia e Espanha não são obrigados, por força dos tratados europeus a sair do euro mas também, por força dos mesmos tratados, Alemanha, Holanda, Finlândia, Áustria não são obrigados em lá permanecer, poderão portanto sair e voltar ás suas antigas moedas ou criarem, entre si, uma nova moeda comum deixando o euro como o conhecemos entregues aos, por si designados, como incumpridores crónicos, que o levarão à extinção em pouco tempo.
Os sintomas de que o caminho será este com as declarações de altos responsáveis políticos holandeses, alemães, na esteira das derrotas eleitorais consecutivas da CDU na Alemanha, como o governo já estudar um plano de contingência para salvar os bancos expostos a activos tóxicos gregos, e com finlandeses e holandeses a reafirmarem que quem não cumpre as regras do jogo deve ser banido da sua prática!
Mas voltemos ao texto quando aborda a questão das secretas parece não viver em Portugal onde, por divergências politico partidárias, não existe acompanhamento da sua actividade por parte do parlamento e quando existe uma tentativa nesse sentido esbarra sempre com o celebre segredo de estado uma reminiscência de 48 anos de ditadura o que as torna um estado dentro do estado!
Quanto ao resto do texto destaco " originar fugas de capitais" e qual é a duvida?
Agora já não origina por que a fuga de capitais já aconteceu e os que restam no país depressa saem e as empresas também facilmente deslocalizam e os investidores externos face a uma tributação, de capitais em bolsa, depressa encontrariam mercados mais atractivos.
Depois fala de um estado social, que subscrevo, mas que tem de terminar quando não há dinheiro para o pagar.
"Corta direitos adquiridos ao longo dos anos aos trabalhadores" é verdade, mas não foram esses mesmos direitos, que usados indevidamente por aqueles que de trabalhadores só têm o nome pois só esperam, no local de trabalho, que os dias passem e o fim do mês chegue o ordenado e demais mordomias apareça na conta bancária, que contribuíram, e de que maneira, para o estado actual do país?
De um leitor
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 Se com Sócrates estávamos mal então com Passos Coe...

1 comentário:

Antaris disse...

Tudo o que aqui se escreve é verdade, como aqueles que só esperam pelo fim do mês para receberem, mas também é verdade que há milhões que levaram uma vida de trabalho, árduo, fizeram os seus descontos, pagaram os seus impostos, cumpriram as suas obrigações com os seus, com a sociedade e com o Estado. E a esses o que os espera? Terão de pagar as dívidas, tal qual como os que se encheram à custa do Estado. Estes os que mais trabalharam e mais cumpriram são os que auferem rendimentos mais baixos e mais baixas reformas. Muitos coitados já nem dinheiro têm para comer se tiverem de pagar os medicamentos. E quem tem pena deles? Ninguém porque o Estado Social vai deixar de existir. Porque o Estado Social foi comido pelos interesses do capital, ligados à saúde, ao ensino, às forças armadas, às auto-estradas, às pontes, aos caminhos-de-ferro.
Porque é que só Lisboa e Porto podem usufruir de passe social? E os outros trabalhadores das outras cidades, das outras vilas e das outras aldeias? Ou têm dinheiro para o bilhete ou se não têm nem ao médico vão, porque até as extensões de saúde vão acabar.
E não há culpados.
Afinal aquele que julgávamos o maior culpado da desgovernação dos últimos anos, é afinal um Herói. É só o maior 1.º ministro de todos os tempos na boca de João Soares, que o disse no congresso do PS no Porto.
Bem sabemos que o seu pai Mário não está nada de acordo com isso. Ele até pode puxar para a direita, mas o homem sabe bem quem tem graves culpas no cartório.
Agora no fim de casa roubada, trancas à porta, porque em casa que não há pão todos ralham e todos têm razão.
E assim Vai Portugal, uns vão bem outros vão mal!