O comissário europeu alemão Günther Oettinger propôs que as bandeiras dos países endividados fossem postas a meia haste nos edifícios europeus. A declaração é chocante pela insensibilidade que revela: os países põem as bandeiras a meia haste devido a luto nacional. Que um comissário europeu se proponha equiparar a dívida ao luto nacional para menorizar a bandeira de alguns países revela um enorme desprezo pelo estado de luto de um país.
No entanto, este comissário não passa de um exemplo do que é hoje a Comissão Europeia, que, tendo a função de guardiã dos tratados, assiste impávida e serena à efectiva tomada do poder na Europa por parte de alguns estados-membros. A posição deste comissário expressa a realidade de um novo poder na União Europeia, que já mandou alterar as constituições e os tratados, e se permite mesmo mandar às urtigas a igualdade dos estados europeus, humilhando alguns símbolos nacionais.
A humilhação que sofremos está ligada à subserviência que adoptamos perante as imposições externas. Quando um país aceita alterar a sua constituição apenas porque um governante estrangeiro assim o entende, não pode esperar depois ser tratado como um verdadeiro país independente. A crise que Portugal atravessa não é apenas financeira: é sobretudo moral. Já ninguém defende a nossa bandeira como o alferes Duarte de Almeida na batalha de Toro, que não a deixou cair mesmo depois de ter perdido os dois braços.
No entanto, este comissário não passa de um exemplo do que é hoje a Comissão Europeia, que, tendo a função de guardiã dos tratados, assiste impávida e serena à efectiva tomada do poder na Europa por parte de alguns estados-membros. A posição deste comissário expressa a realidade de um novo poder na União Europeia, que já mandou alterar as constituições e os tratados, e se permite mesmo mandar às urtigas a igualdade dos estados europeus, humilhando alguns símbolos nacionais.
A humilhação que sofremos está ligada à subserviência que adoptamos perante as imposições externas. Quando um país aceita alterar a sua constituição apenas porque um governante estrangeiro assim o entende, não pode esperar depois ser tratado como um verdadeiro país independente. A crise que Portugal atravessa não é apenas financeira: é sobretudo moral. Já ninguém defende a nossa bandeira como o alferes Duarte de Almeida na batalha de Toro, que não a deixou cair mesmo depois de ter perdido os dois braços.
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