.

.

.

.

domingo, 4 de setembro de 2011

Marques Pais terá coragem, em caso de ser eleito, para fazer uma reforma estrutural na Câmara de Alpiarça?

 Fala-se numa nova Lei Eleitoral Autárquica projecto renascido de uma ideia inicial do PS.
Não discutindo agora aqui a bondade dessa nova lei o que me questiono é que repercussões ela terá em Alpiarça enquanto município.
Recordando que o Memorando de Entendimento assinado pelo governo português e a troika, União Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu, com o compromisso de em caso de vitória por parte dos partidos da altura oposição "do arco governativo, PSD e CDS/PP, esse memorando seria levado à prática, dizia a dada altura que deveria acontecer" uma redução significativa de municípios e juntas de freguesia" e que o actual governo diz ser para cumprir na integra, ou mais ainda, por não existir margem de negociação para que assim não seja, sob pena de não vermos o dinheiro da tranche dos 87 mi milhões de euros do empréstimo concedido pergunto:
1º Depois da redução anunciada ainda existirá Alpiarça enquanto município?
2º Com os cortes anunciados nas transferências da administração central para as autarquias, das quais depende e muito Alpiarça, não veremos a Câmara a encerrar portas, por insolvência e incapacidade de assegurar os serviços mínimos exigíveis, mesmo antes do desenho do novo mapa administrativo e da aprovação desta nova lei eleitoral?
3ºMarques Pais pode ser sério, bom gestor mas a ser eleito deveria sê-lo por uma lista de independentes, caso contrário ver-se-á manietado pelos interesses do partido que o eleger, que passam mais pelas eleições legislativas e a possibilidade de formar governo a nível central, do que pelos interesses de Alpiarça e dos seus habitantes.
Pergunto agora, Marques Pais terá coragem, em caso de ser eleito, para fazer uma reforma estrutural na Câmara de Alpiarça no caso de ela ainda existir enquanto tal?
Terá coragem para fechar sectores ineficazes, redundantes, e improdutivos?
Terá coragem para movimentar, internamente, funcionários deslocando-os de sectores onde são desnecessários para outros onde poderão ser úteis, mesmo de forma coerciva?
Terá coragem para encerrar sectores, que noutro contexto económico seriam necessários, nas que no actual têm que forçosamente encerrar?
Terá coragem para anunciar aos funcionários, olhos nos olhos, incapazes e inaptos que na próxima avaliação terão negativa e, possivelmente, a continuarem serão demitidos?
Terá coragem de dizer aos funcionários que vão ser dispensados dos sectores a serem encerrados que o vão ser não porque não trabalhem mas que o actual contexto terá que ser assim mesmo e que irão para a bolsa de disponibilidade?
Terá coragem para afrontar os sindicatos dizendo-lhes que no actual contexto essas dispensas terão que acontecer mesmo enfrentando greves, manifestações ou até processos judiciais?
Terá coragem para afrontar os partidos políticos representados na Assembleia Municipal e os que sentirem lesados?
Trata-se aqui de uma perfeita quadratura do circulo.
De um leitor
Noticia relacionada
 Vem aí nova Lei Eleitoral Autárqui
Também pode ser lido em:
http://www.facebook.com/jornal.alpiarcense
Foto: http://photopostal.blogspot.com/

4 comentários:

Anónimo disse...

É uma excelente questão.
Mas de uma coisa temos a certeza.
Os que lá estiveram ou os que lá estão, não só não têm, ou tiveram essa coragem, como ainda têm recrutado/recrutaram boys partidários para agravar a situação.
Basta ver o último orçamento publicado pela CMA e pergunta-se como é possível num pequeno município como o de Alpiarça ter orçamentado tanto em salários.
Claro que para pagar tanto salário não pode haver obras!
Questiono-me como é possível na era da internet e da informação global ter sectores compartimentados (chefias, administrativos, etc) como se usava há 50 anos.
Se olharmos para as empresas de serviços (Bancos, seguradoras, etc), há muito que a polivalência é o lema.
Entidades que tinham 20 ou 30 funcionários hoje estão reduzidos a 3,4,5!
Neste "cancro" das finanças públicas os custos com pessoal continuam a aumentar de uma forma descontrolada.
Parece que na Administração pública o Salazar não morreu ainda!

Anónimo disse...

É uma pessoa cinco ESTRELAS, porem boa de mais, a não deixar de referir que quando vereador os encarregados fizeram tudo para o rebaixar, passava de bom á mau, principalmente um, rapaz dos copos, APOIADO POR ROSA DO CEU e sua tribe, Marques Pais é o Presidente sem espinhas e eleições ganhas em Alpiarça, nem a Sonia passa por ele, a´grada PAIS

João Silva disse...

Joao Silva: Infelizmente não é só por Alpiarça que isto acontece, as câmaras são por vezes os maiores empregadores dos concelhos, e Alpiarça não foge à regra, só tenho pena é de não vêr mais pessoas que realmente trabalhem no terreno, e o edificio che...io de pessoas que fazem sei lá o quê?
Mas temos de ser realistas, não são os boys que o levam todo, os compadrios e as cunhas para meter os afilhados contam e muito, só acho graça é que não há cunhas para trabalhar no terreno, só para os escritórios, e vai daí e secalhar até se estorvam por aqueles gabinetes...
(Do Facebook)

Anónimo disse...

Há que ter em conta que a absorção do pessoas do Agrupamento de Escolas de Alpiarça provocou um desequilibro tão grande nas contas da câmara que será difícil equilibrar.
Faz-se muitas vezes a comparação de uma câmara com um banco, mas não podemos comparar o o incomparável. Os bancos diminuíram os funcionários nas agências mas entregaram trabalho a empresas de Outsourcing. Claro que as câmaras podem fazer o mesmo e algumas já fizeram. Entregaram serviços a empresas privadas.
Não sei se isso traz é alguns benefícios para as populações.
É preciso não esquecer que quando Rosa do Céu ganhou as eleições também estudaram entregar a recolha de lixo a uma empresa, mas os custos saltavam para mais do dobro.
Ninguém faz milagres.
Já durante a oposição ao Armindo Pinhão e ao Figueiredo a oposição falava que a câmara tinha imensa gente e máquinas. LOgo que ganharam as eleições, os do PS reduziram pessoal por aposentação e acabaram com algumas máquinas, mas no 2.º mandato voltaram a adquirir máquinas e a meterem pessoal, basta recordar que o restaurante do Cavalo Sorraia e a construção da escola das Faias foi feita na íntegra por pessoal da câmara.
A entrada do pessoal do agrupamento de escolas foi feito pela presidenta Vanda.
Acho que isto é como os governos, falam dos outros mas quando lá chegam ainda metem mais gente.