António Barreto defendeu ainda uma revisão da Constituição da República Portuguesa "para pôr termo à permanente ameaça de governos minoritários e de parlamentos instáveis".
Na sessão solene das comemorações do dia de Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, António Barreto, presidente da Comissão das Comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, fez um discurso duro e crítico dirigido às classe política e alertou para os impactos da crise económica e financeiras sobre os cidadãos.
O sociólogo defendeu mesmo "o apuramento de responsabilidades" pela crise que considera ser resultado da "imprevidência das autoridades".
O Presidente das comemorações do 10 de Junho defendeu também uma adequação da Constituição da República, por estar anacrónica, barroca e excessivamente programática. "Uma constituição renovada implica um novo sistema eleitoral, com o qual se estabeleçam condições de confiança, lealdade e de responsabilidade, hoje pouco frequentes na nossa vida política," afirma.
Para António Barreto, "o Estado Democrático parece conviver mal com a Liberdade". Lembrando que as "Democracias não são derrotadas, destroem-se a si próprias", acrescenta que "os políticos devem conversar uns com os outros, coisa que não acontece há já algum tempo".
Num discurso marcado pela vertente social, António Barreto lembrou que "vivemos um momento de aflição e de ansiedade colectiva em que é preciso estabelecer uma relação de confiança entre cidadãos e governantes".
"Os portugueses merecem ser tratados como cidadãos livres e não só como contribuintes", num momento de crispação social e política, destacou.
Lembrando a situação de asfixia em que vivem milhares de portugueses, António Barreto disse que é fundamental que haja um "fundamento de princípio entre trabalhadores e patrões" e que "tudo deve ser feito para que as condições de sobrevivência estejam ao nosso alcance".
Não esquecendo o drama que enfrentam os jovens do país, sobretudo ao nível do desemprego, António Barreto terminou o seu discurso lembrando que "de nada serve intoxicar a juventude com cartilhas habituais".
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