Por: Vanda Luciano |
Um pouco por todo o país há alunos a abandonar a escola por causa das dificuldades financeiras da família. Uns fazem-no para ajudar os pais, outros simplesmente porque deixaram de ter dinheiro para estudar.
In Publico
Esta situação é grave, e acontece, imaginemos numa família de parcos rendimentos e em que os livros de um ano para o outro deixam de ser válidos (agora com o Acordo Ortográfico, as editoras esfregam as mãos), com filhos com idades aproximadas, um ganha rendimento mínimo, outro desempregado e um agregado de 5 pessoas…Acham que 419,00€ chegam? Acham que com o IVA a disparar, mesmo nos bens essenciais, não se vai agravar a crise? Agora, pensemos, com isto tudo voltamos ao tempo da outra senhora, em que pagávamos muito para estudar e só os ricos têm acesso, os pobres ou comem ou estudam…
As pessoas informadas e formadas, estão desempregadas e sem poder obter rendimento na sua área de estudo, vivem com os pais, a cargo dos pais em idade adulta e de uma forma dependente, são advogados a trabalhar em supermercados, arqueólogos/comerciais, etc. Não há mercado para o excesso de habilitações, nem há dinheiro que consiga suportar os custos de uma família com livros, lápis, borracha, mochilas, quando têm primeiro que dar prioridade á comida!
Caminhamos para um abismo, provocado por erros sucessivos e massivos, que oneram a população que trabalha em detrimento de pensões douradas e “chorudas”, que não nos iludamos oneram os futuros dos nossos filhos e mesmo o nosso, obrigando-nos a trabalhar até daqui a nada aos 70 anos, e ainda sem termos a certeza que iremos auferir reforma. Enfim, há muito que a desilusão se apoderou da falta de visão de quem comanda este submarino/navio, que teima em ser tipo Titanic, um gigante de pés de barro. Falta a Educação, falta tudo! A educação e a saúde deviam ser coisas prioritárias…
Em conclusão, ou estudamos ou comemos, a educação cada vez mais vai ser para quem tem dinheiro para gastar e a saúde também, quem não pode, tem de se aguentar…
3 comentários:
Sara Jofre É terrível... criámos uma mentalidade do "senhor doutor" em detrimento do "Técnico" e do "Especialista". Então agora temos oferta de emprego em profissões técnicas mas não temos profissionais para as preencher porque toda a gente quis tirar... o canudo. E quem tirou o canudo olha para as ofertas de emprego e até pensa que preferia concorrer aquele "técnico de..." mas não tem habilitações para tal, e, como não tem emprego na sua área, a única opção é trabalhar em empregos que não precisem de formação especial, como comercial, empregado de balcão ou recepcionista...
(da nossa página do Facebook)
Alexandre Gama Nunes Gama O grande erro é considerarmos a função de comercial como fútil! Se me é permitido, até a função de um profissional de vendas requer que tenhamos um "back-ground" elevado para o seu desempenho! Ser comercial em Portugal é desprestigiante, no... entanto, nem todos têm os "skills" necessários para chegar a um patamar elevado nesta função! O que assistimos é a meros repositores de produto em loja, na qual, nem sabem o que é um acolhimento mínimo a um cliente e/ou potencial! nem todas as pessoas têm o perfil para serem verdadeiros comerciais, tal como, nem todas as empresas que realizam recrutamento nessa área entendem a necessidade real desta função e/ou o perfil mais adequado! A função de comercial deveria ser mais respeitada neste País... ou talvez devessemos ser mais exigentes como clientes!
(do Facebook)
Dora Neto realmente isto é bem verdade... Actualmente um licenciado em Portugal não tem mercado de trabalho para poder excercer na sua àrea e claro tem de tentar procurar um emprego para poder sobreviver. Sim,porque nós jovens actualmente trabalhamos... para sobreviver não é para viver. Mas apesar de termos de estarmos atràs do balcão, não é de certeza por primeira opção, mas sim para podermos sustentar-nos a nós próprios. Muitos de nós licenciados somos apenas Sr. Doutores no papel porque a maioria das vezes nunca iremos ser como tal. Mas considero de muito importância os jovens licenciados tentarem ter a capacidade de estarem atrás dum balcão no atendimento ao público, pois não existe profissão mais dificil do que estar no atendimento ao público. Louvo todos os licenciados que têm coragem de deixar o sr. Doutor em casa e ser apenas a pessoa que está disponível para atender outros na simples profissão de comercial ou empregado de balcão, porque estão sempre disponiveis para nos atender, muitas vezes fazendo os horários que ninguém quer fazer, por serem mesmo licenciados.
Alexandre Gama Nunes Gama:
Em relação à notícia em concreto, se me é permitido, devemos entender que cada pessoa é livre de escolher a formação que pretende! Faz parte da própria constituição e direitos que nos assiste, no entanto, este "gap" sentido entre mercado de... trabalho e formação sempre existiu, portanto, não é algo de novo na realidade social existente! Entendemos porém que uma formação não traduz um emprego, no entanto, prefiro viver num país capaz de ter uma estrutura intelectual elevada, capaz de ser exigente , do que na realidade viver num país de pessoas que vivem na inércia intelectual! São escolhas! Em muitos países que visitei, alguns deles referência na Europa e no Mundo, sofrem do mesmo panorama social... portanto é comum às economias globais tais efeitos, no entanto, também acredito que um país com dificuldades mais rapidamente saí de uma crise com pessoas intelectualmente capazes! Trata-se de uma questão de cidadania... nisso de facto estamos em crédito!Ver mais
há 33 minutos · GostoNão gostoJoao Silva Só uma coisa, quantos e quantos destes ditos doutores, foram tirar um curso da treta, sim, pois grande parte dos cursos superiores são uma autentica anedota, não têm nota para os cursos que queriam e depois entram num qualquer sem acautelar as saídas possiveis, e depois coitadinhos não há emprego, culpam o estado por não lhes dar emprego, em certos cursos com razão, mas são poucos(Não quero generalizar mas....)
(Comentários obtidos na nossa página do Facebook)
Enviar um comentário