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sábado, 7 de maio de 2011

Teixeira dos Santos encara plano como oportunidade para reformar o país

O desemprego nos 13%, uma recessão de 2% e um conjunto de "medidas duras" são o que espera os portugueses nos próximos tempos, admitiu hoje o ministro das Finanças, que encara o plano como uma oportunidade para reformar o país.
Estas e outras afirmações foram hoje proferidas pelo ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, em conferência de imprensa destinada a apresentar as medidas que contam do programa acordado entre o Governo e a ‘troika’ com vista a ajudar Portugal nos próximos três anos.
"Um programa com esta abrangência, com estas metas tão ambiciosas e com um ritmo de implementação tão intenso, é um programa exigente que nos convoca a todos para darmos o nosso melhor e para que, com esforço e sacrifício, possamos vencer a crise presente e assim lançarmos as bases para um futuro melhor”, disse Teixeira dos Santos em conferência de imprensa.
O ministro das Finanças destacou que o programa “tem importantes reformas estruturais adicionais”, o que “o diferencia dos programas grego e irlandês”, e faz com “que seja, de facto, uma oportunidade para corrigir problemas estruturais de décadas”.
Até recuperar, Portugal deverá ver o desemprego subir até aos 13 por cento em 2013, o mesmo acontecendo com a dívida pública, que só baixará a partir de 2014.
Da vasta lista de medidas conta também o programa de privatizações que “será acelerado e aprofundado”, implicando a privatização total de empresas onde se previa apenas uma venda parcial, e será feito um levantamento para estudar mais privatizações, esclareceu o governante.
Apesar de tudo, Teixeira dos Santos considerou que o pedido de ajuda internacional chegou “em boa hora” e que foi uma das decisões mais importantes tomadas em Portugal, assegurando ter coordenado o processo em cooperação com o primeiro-ministro.
“O anúncio e a decisão de pedir ajuda externa foram, no meu entender, das decisões mais importantes tomadas neste país nos últimos anos. Em boa hora foi tomada essa decisão, com o resultado que é este programa”, afirmou Teixeira dos Santos.
O ministro aproveitou ainda para sublinhar que se trata de uma oportunidade “que não pode ser desperdiçada”, e que por isso, é importante “um consenso político” alargado. “É agora crítico que todas as forças políticas e sociais se unam em torno da sua validação e da sua rápida implementação”, disse.
«Lusa»

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