Por: João Lérias |
José Sócrates depois de seis anos de desgaste da governação, tinha forçosamente a obrigação, de se apresentar, cansado e exausto perante o eleitorado. Por seu lado Passos Coelho, chegado a estas lides há pouco tempo, não tendo ainda “telhados de vidro” e estando imune à governação, teria forçosamente que se apresentar empolgado e fresco perante os portugueses, todavia não é isso que sucede.
Prestes a entrar em campanha eleitoral, o Sócrates que nos governou durante quase sete anos, cinco dos quais em maioria absoluta, que passou por episódios nada felizes como os que se relacionaram com a sua licenciatura, o caso freeport, que nos endividou no espaço de meia dúzia de anos na mesma proporção que o país se tinha endividado em trinta anos de democracia após o 25 de Abril e que deixa um país em recessão, sem prestígio e à beira da bancarrota. Esse homem afinal entra em campanha com grande fulgor e com a imagem tão forte, verdadeiramente capaz de aterrorizar os adversários.
Por seu turno temos Pedro Passos Coelho, o homem político, imune a tudo o que de errado se fez na governação deste país, o homem do discurso limpo, aquele que há meses atrás parecia facilmente conquistar o poder perante a má governação socialista. Afinal esse homem hoje está em dificuldade, está prestes a entrar em campanha, e, é visivelmente um homem só, onde o seu cansaço é notório e a sua força não é visível.
Num simples parágrafo Miguel Sousa Tavares diz o que penso sobre Passos Coelho e o PSD:(…) Acho que nunca tinha visto um partido tão mal preparado para uma campanha eleitoral. Certamente que há outra e melhor gente no PSD, mas remeteram-se ou foram remetidos ao silêncio. E, perplexo, o país pergunta-se se são estes, que só acumulam asneiras, disparates, ignorância e incompetência chocantes e até argumentam por palavrões e insultos, que querem mesmo governar Portugal. (…).
É isto que distingue também, PS e PSD. O país assistiu verdadeiramente perplexo aos últimos episódios que o PSD nos proporcionou, e o mais curioso ainda é que esses episódios respeitaram não ao descalabro da governação socialista dos últimos anos, nem sequer ao singelo programa de governo do PS, tais episódios reportaram-se ao próprio programa do PSD.
Para além das lideranças, também os partidos assumem um papel fundamental em momentos decisivos como o que vivemos. Enquanto o PS consegue dar uma imagem de equilíbrio, competência, experiência e profissionalismo. No PSD tudo parece rodeado de um grande amadorismo, onde todos propositadamente, ou não, se atropelam constantemente, querendo governar quando afinal tudo fazem para o não conseguir.
O curioso é que o PS, por tudo o que fez de errado, até não merece, mas devido às múltiplas fraquezas do seu adversário, arrisca-se a ganhar as próximas eleições.
1 comentário:
Este senhor tem currículo fora da política ou de lugares para boys? Pela conversa parece que não sabe fazer nada. Gostava de saber se já produziu alguma coisa para compensar 0o que consome. É só uma curiosidade.
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