Por: Ramiro Marques |
Há grandes semelhanças entre as medidas educativas divulgadas esta manhã por Paulo Portas e o programa eleitoral do PSD. Outra coisa não seria de esperar de dois partidos que se distinguiram pelo combate contra as políticas educativas dos socialistas e juntaram votos no Parlamento para suspender algumas das medidas do Governo que maior contestação geraram nos professores.
O que é que os professores podem esperar da concentração dos votos no PSD e no CDS?
#1. Como portugueses e cidadãos, os professores podem esperar que um governo de coligação PSD/CDS crie condições para o crescimento da economia portuguesa, depois de seis anos de profundo declínio sob a batuta dos socialistas. Votar no PSD e no CDS é a melhor forma de garantir que Portugal volte a ter finanças públicas sãs e possa manter-se na zona euro. Os professores com filhos jovens sabem a importância disto e não vão, com certeza, desperdiçar os votos em partidos que ajudam a perpetuar a atual situação de declínio económico e de bancarrota.
#2. Como profissionais, podem esperar ser tratados com respeito e dignidade, longe do azedume a que os socialistas os habituaram. As mudanças não serão introduzidas à martelada e sem prévia negociação.
#3. O excesso de burocracia dará lugar à simplificação dos processos. Desburocratizar e simplificar são duas medidas que atravessam os programas eleitorais dos dois partidos.
#4. O branqueamento da indisciplina dará lugar ao combate sério e continuado pela criação de ambientes onde os professores sejam respeitados e considerados.
#5. A avaliação de desempenho feita por pares dará lugar a uma avaliação centrada em ciclos mais longos, com menos burocracia e sem intervenção de colegas.
#6. O facilitismo e o trabalho para as estatísticas darão lugar à exigência e ao rigor. Os exames nacionais serão uma realidade no final de todos os ciclos de ensino. E o ensino profissional sério e em articulação com as empresas será uma realidade a começar logo no 3º CEB.
Admito que os professores estivessem à espera de mais. Mas isto é mais do que suficiente para introduzir maior seriedade no sistema e melhorar as condições de trabalho de todos.
Ainda que não trouxessem mais nada, bastar-me-ia o ponto 1 para me convencer a não desperdiçar votos nos partidos de esquerda que, de uma forma ou outra, contribuiriam para manter no poder o homem que nos conduziu à bancarrota.
E ainda que o PSD e o CDS não mudem uma vírgula no texto dos programas, eu não desperdiçarei o meu voto num qualquer partido destinado a manter tudo como está: José Sócrates em primeiro
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