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quinta-feira, 19 de maio de 2011

Nasci já depois do 25 de Abril da chamada revolução dos cravos


Recordo-me de ouvir os doutores e engenheiros da política dos anos noventa dizerem que não precisávamos de sectores que só nos davam prejuízo, caso da agricultura, pescas e outras actividade.
Na sua visão distorcida da realidade achavam que se devia reduzir as cotas leiteiras...arrancar as vinhas (atribuindo subsídios a quem o fizesse) e começar a semear milho que era isso que a CEE ordenava.
O resto já a Comunidade produzia em excesso.
Os "velhotes" do campo, que possuíam apenas a instrução primária e muitos nem assinar o seu nome sabiam, diziam que isso era um dos maiores disparates que alguém poderia fazer ao país e ao povo português...
E não é que estes "velhotes" que apenas tinham a cultura das terras e o saber de uma vida de trabalho, tinham razão?
Afinal o "canudo" nem sempre significa: saber e visão de futuro.
Às vezes, o "canudo" é simplesmente um canudo.
Por: José Augusto
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2 comentários:

Anónimo disse...

Parece que os velhotes e muita gente mais nova viam o que ia acontecer depois da festa dos milhões da CEE. Só alguns políticos, os tais do canudo, cegos pela vida fácil de quem tem chorudos ordenados, não viram.
Mas isso agora não interessa nada, não é verdade?
A política parece ser uma profissão de risco onde ninguém é responsabilizado pelas posições que toma, mesmo quando alguém é irremediavelmente prejudicado nos seus interesses por estas posições avulsas.
Daí ter tantos adeptos.
Só um apocalipse poderá pôr termo a esta pouca vergonha.

Xico Frade

Anónimo disse...

Mesmo que não sejamos comunistas, nem votemos PCP, temos de admitir que este partido sempre nos alertou para os perigos da União Europeia e da adesão ao Euro. A tal PAC política agrícola comum, obrigou-nos a acabar com as pescas e a modernizar a agricultura fazendo descer os 20% de empregos que a agricultura gerava para apenas 7 a 8% ou até menos, as pessoas abandonaram as terras e começaram a importar, porque era mais "cómodo" e mais barato.
Com sectores-chave parados como reanimar as pescas e a agricultura sem dinheiro?