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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Jerónimo de Sousa, o homem genuíno capaz de gerar enigmas


O jornal i acaba de publicar uma notícia com título histórico: Jerónimo de Sousa aberto a uma hipotética coligação com o PS. Claro que, na mesma notícia, se percebe que esse acordo é uma utopia, uma vez que implica uma rutura dos compromissos estabelecidos com a troika, algo que o PS jamais fará.
Jerónimo de Sousa falava na TSF. Citado pelo i, refere que o PS teria de “romper esse acordo” com a troika, algo que o próprio líder do PCP considera “muito difícil”. Não se percebe o alcance das suas declarações, mas presume-se que sejam o fruto do maior atributo que tem de se reconhecer a Jerónimo de Sousa: a sua genuinidade.
O líder do PCP não tem o calculismo de um político. Fala de acordo com os seus ideais, independentemente do número de votos que está em causa. Aquele calculismo e esta genuinidade são os principais defeitos e virtudes de um político. Mas têm ordem invertida, nas análises dos comentadores políticos: para estes, bom é o político calculista e mestre da gestão das palavras.
Voltemos a Jerónimo. Por que razão admite unir-se ao PS? O que o leva a amaciar a aspereza do seu discurso, abrindo portas a uma coligação de esquerda até hoje vista como inviável? Será o reconhecimento da fatalidade de Sócrates ganhar de novo as eleições? Será o reconhecimento de que o projeto da CDU terá de passar, necessariamente, por uma união de esquerda?
Jerónimo de Sousa é genuíno. Nesse sentido, as suas próximas palavras poderão esclarecer o futuro do PCP, partido que, já se percebeu, deve fazer uma profunda introspeção. E os resultados eleitorais de 5 de junho vão prová-lo

4 comentários:

Anónimo disse...

Sem dúvida!!! e ontem durante o debate Jeronimo/Socrates ficou provado o quanto o PCP tem de analisar e por em prática as suas linhas mais puras de orientação.
Não basta reunir, discutir, analisar, o passo seguinte é por em prática o que se diz!!
Ontem fiquei decepcionado com o debate, as palavras do JS saiam amorfas. É necessario um discurso mais "agressivo", mais convicto, razões não faltam a Jeronimo de Sousa e ao PCP para o fazer!!!
Senti falta de lider!!! que se passa??
Uma dica!...Não será altura de fazer uma introspecção para dentro do PCP?

Anónimo disse...

CADA VEZ MENOS A DAR A CARA

O figurino do PCP que anda no porta-a-porta é cada vez mais reduzido, e agora vêm-se as caras antigas e aqueles que foram recompensados com "tachos". Já não se vêm as caras novas que andaram a bater sola de sapato nas anteriores autarquicas ou legislativas.
Um partido derrubado, sem força animica onde nem sequer o Presidente em suspensão e o presidente em substituição estiveram presentes.

Este é o novo PCP de Alpiarça
http://agitalpiarca.blogspot.com/2011/05/antonio-filipe-esteve-no-domingo-em.html

Maria Joao Goncalves disse...

Maria Joao Goncalves eu gosto dos princípios do PCP mas desde que Álvaro Cunhal se retirou e morreu nunca mais este partido foi capaz de sair da sombra desse grande homem,é pena.
(Da nossa página do Facebook)

Anónimo disse...

Deviam discutir na minha opinião é a nomeação de Celestino Brasileiro para secretário do presidenta da câmara.
Para quem se mostra contra as nomeações dos "jobs for boys" do PS/PSD/CDS, parece-me que a prática demonstra que são todos iguais.
Gostaria de saber se a nomeação foi efectuada com base no curriculum profissional, ou no político.
Como munícipe e contribuinte, gostaria de ver publicado o curriculum profissional do referido senhor.
Gostaria de saber as habilitações académicas, as empresas em que trabalhou, o tempo de serviço em cada uma delas, trabalhos relevantes, etc...
Seria ainda interessante saber o vencimento que vai ter.
Não basta apregoar transparência. Não está em causa o homem, mas a forma como as coisas são "montadas".
Começa a ser tempo dos cargos públicos deixarem de ser por "confiança política" mas por critérios de competência.
A um profissional, exige-se que independentemente de quem seja a cor política que esteja no poder, que faça o seu trabalho com a máxima competência.
Um executivo, só tem de executar as tarefas que lhe forem destinadas, concorde, ou não concorde.
É assim no privado, e é assim que deve ser no público!