Sócrates queria substituí-lo já, mas o PR segurou-o. Em declaração ao SOL, a Presidência faz um desmentido muito formal: «Não chegou a Belém qualquer pedido de demissão ou substituição do ministro das Finanças».
José Sócrates quis substituir Teixeira dos Santos na pasta das Finanças mesmo antes de começarem as negociações com o FMI, o BCE e a UE. E mandou perguntar a Belém se o Presidente daria o seu aval à exoneração imediata. Mas Cavaco Silva não esteve pelos ajustes. A saída de Teixeira dos Santos fragilizaria ainda mais a imagem de Portugal nas instituições e nos mercados internacionais. Eo primeiro-ministro recuou.
Oficialmente, S. Bento não fala sobre o assunto. E fonte oficial da Presidência da República, em declarações ao SOL, desmentiu «que tenha chegado a Belém qualquer pedido de demissão ou substituição do ministro das Finanças».
De facto, formalmente, não deu entrada no Palácio de Belém qualquer pedido de demissão ou substituição do ministro Teixeira dos Santos, porque Sócrates nunca chegou a formalizar a sua intenção, depois de recebido o recado presidencial.
A verdade é que o primeiro-ministro e o seu ministro das Finanças mantêm hoje um contacto meramente institucional, apesar de José Sócrates, em entrevista a Judite de Sousa, na TVI, na terça-feira, ter dito que Teixeira dos Santos é seu amigo, e do PS, «para a vida».
E há muito tempo que as relações entre Sócrates e Teixeira dos Santos deixaram de ser as melhores, mas deterioraram-se particularmente na sequência do pedido de ajuda externa de Portugal ao FMI e à UE.
Foi Teixeira dos Santos - depois de Francisco Assis ter sido o primeiro a abrir as portas e de Jorge Lacão ter reforçado a hipótese, ambos no Parlamento - quem confirmou oficialmente (em declaração escrita ao Jornal de Negócios Online) que Portugal iria pedir ajuda externa, antecipando a mensagem ao país que o primeiro-ministro faria nesse mesmo dia pouco depois das 20h, a partir de S. Bento
«SOL»
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