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sexta-feira, 2 de abril de 2010

ALPIARÇA ESQUECE-SE DE JOSÉ RELVAS, O SEU MAIOR BENEMÉRITO

Estamos no ano das "Comemorações do Centenário da República”.
Está a fazer cem anos que José Relvas disse “Se voltar a desfalecer, sussurrem-me ao ouvido: Viva a República! Se já não responder, é porque morri”.
Todos os dias encontramos na imprensa noticias sobre José Relvas.
Já se realizaram as mais diversificadas iniciativas referentes ao “Homem da República”. Até no vizinho concelho de Santarém já se podem contar os eventos que a respectiva autarquia levou (e vai levar) a efeito sobre o maior benemérito alpiarcense.

Já se encontra no mercado livreiro os mais diversos livros sobre José Relvas. Ainda a semana passada houve várias palestras sobre a biografia deste ilustre homem e na próxima semana vai ser lançado na “Casa do Brasil” um fotobiografia de José Relvas.


Vários colóquios estão a realizar-se por este país fora e até as mais variadas academias focam os mais variados temas deste grande homem que se chamou José Relvas.


«Coleccionador atento e de sentido apurado, transformou a sua casa dos Patudos num museu cujo espólio deixou por herança ao concelho de Alpiarça».


Até este modesto jornal já publicou vários artigos referentes ao ano das “Comemorações da República” e outros de José Relvas. Não é obrigação deste jornal sobrepor-se a quem quer que seja e muito menos à Câmara que herdou por “testamento” toda a fortuna do benemérito.


O executivo da CDU tem muito pouco para divulgar sobre as “Comemorações do Centenário” que deveriam ter um papel ponderante em Alpiarça.


Continuamos assim a ver outros concelhos a adiantarem-se no tempo e nas iniciativas para continuarmos a aguardar o que irá acontecer em Alpiarça ou estará o executivo camarário à espera apenas do dia 5 de Outubro?


O responsável pelo “Pelouro da Cultura” tem vindo a demonstrar falta de capacidade para levar a efeito iniciativas. Ainda não foi capaz de organizar um programa para se dilatar ao longo do ano ou um programa cíclico dedicado a José Relvas, quando tem tanta matéria – até matéria-prima – para realizar as mais variadas discussões, tais como: «a célebre viagem de José Relvas com Magalhães Lima a Paris para prepararem o governo»; «A situação do país enquanto Ministro das Finanças»; «o coleccionismo particular de José Relvas»; «a faceta de empresário de José Relvas»; «como a sua casa agrícola se tornou num exemplo para a região», etc., etc.


Ao longo dos últimos anos, os vários executivos nunca conseguiram «acertar o passo» porque não foram capazes e, assim vamos continuar.


Com tudo isto, não estamos a dizer que o Pelouro da Cultura não seja capaz de fazer alguma coisa. Apenas estamos a dizer que está inoperante, porque nem sequer ainda foi capaz de editar uma pequena brochura sobre a ligação de José Relvas a Alpiarça e divulgá-lo pelo Pais e estrangeiro para que todos saibam que existe uma grande interligação entre José Relvas e Alpiarça.


É lamentável que sejam outros a fazê-lo.


Não acreditamos que haja razões políticas por causa da actual administração da Fundação.

J.A.

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