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quarta-feira, 28 de abril de 2010

A 1.ª República abriu caminho a 48 anos de ditadura

«Estamos empenhado em prosseguir na linha do espírito republicano de 1910 qualitativamente melhorado pelo 25 de Abril; ou seja, continuar a trabalhar em conjunto com a população e com o movimento associativo, envolvendo os alpiarcenses nas decisões, promovendo a participação.

A difícil situação que enfrentamos só poderá ser superada com rigor, responsabilidade e a transparência por partes dos eleitos» porque os «ensinamento tirados da 1.ª República devem ajudar-nos a exigir que a Revolução de Abril se cumpra integralmente».

Genuíno é o discurso de Mário Pereira nas Comemorações do 25 de Abril levadas a efeito em Alpiarça como puro é o seu pensamento sobre a sua ideologia politica.

Um discurso bem argumentado e justificado quanto ao passado e ao presente para pouco adiantar quanto ao futuro.

Sobre o “amanhã” ficamos apenas a saber que a Câmara se vai associar ao Centenário da República.

Um discurso carregado de história porque os «ensinamentos tirados da 1.ª República devem ajudar-nos a exigir o cumprimento revolucionário». Ficamos a saber que existe uma profunda inter-ligação entre a revolução de 1910 e o 25 de Abril dos quais no plano de igualdade se criam «expectativas legitimas de desenvolvimento social» que segundo Mário Pereira tudo fará para se concretizar, mas deixando a mensagem que «estamos perante um quadro extremamente difícil em termos financeiros» o que quer dizer em entrelinhas que alguns dos projectos eleitorais ficarão dependentes de melhores dias que supostamente virão.

Nem sempre podemos «satisfazer as reivindicações populares» porque foram estas que «condenaram a 1.ª República e abriu caminho a 48 anos de ditadura». Como consequência das reivindicações presentes e das mudanças esperadas para Alpiarça, resta-nos esperar pelo que vai acontecer e por aquilo que se irá fazer.

Sobre a herança socialista nem uma palavra porque o momento não era de criticar. Aproveitou o momento e a circunstância para aconselhar que não se criem expectativas naquilo que todos desejam porque o momento é extremamente difícil.

Foi um discurso bem elucidativo das ideias do presidente da Câmara que deixou bem claro que certos momentos da história às vezes se repetem, incitando-nos a esperança que é «preciso continuar a defender os valores e as conquistas de Abril».

J.A.

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