ARTIGO DE OPINIÃO
O investimento é neste momento o factor mais preponderante de uma economia que se requer competitiva e socialmente mais justa, assim em termos mais conceptuais podemos ou melhor posso afirmar que o investimento significa a aplicação de capital em diversos meios de produção, apontando o aumento da capacidade produtiva instalações, máquinas, transportes, infra-estruturas, ou seja, em bens de capital. O investimento produtivo realiza-se quando o lucro sobre o capital é maior ou pelo menos igual à taxa de juros. Podemos ainda diferenciar dentro do investimento “duas famílias” de investimento, que são, o investimento bruto e o investimento líquido, sendo que no 1.º temos de ter em atenção todos os gastos efectuados com bens de capital e formação de stocks e no 2.º temos de ter em conta que o mesmo excluí as despesas com as depreciações, ou seja é um investimento que mede com maior exactidão o crescimento da economia, seja ela nacional, local ou até mesmo de escala.
Os investimentos são,
- Dependentes/independentes;
- Convencionais/não convencionais;
- Grandes/pequenos;
- Inovação/substituição/estratégicos/expansionistas.
Depois desta pequena e breve introdução e definição de investimento, podemos pensar um bocadinho todos juntos e analisarmos a situação do Concelho de Alpiarça e chegamos a uma triste conclusão: À excepção da Monliz e da Triplanta, não temos mais investimentos propriamente estruturados, capazes de dinamizar a economia local, ou seja as alternativas de crescimento sustentado tardam em aparecer e com essas alternativas a afirmação do município enquanto pólo de desenvolvimento e de captação de novos habitantes.
Se verificarmos com alguma racionalidade o concelho, verificamos que o mesmo não necessita apenas de investimento industrial, o concelho neste momento também necessita de investimentos ambientais, estratégicos, sociais, inovação e de expansão.
É do meu ponto de vista extremamente necessário que Alpiarça se comece a desenvolver, começando desde logo pelo 2.º sector mais estratégico para o concelho, o turismo, falo neste momento em 2.º sector, pois depreendo que o sector mais importante seja a agricultura, mas como já referi esse sector, mal ou bem vai beneficiando de alguns investimento privados, o que é de facto extremamente positivo. Mas agora voltando ao turismo, este tem de ser mais apoiado e deverá ser dada continuidade ao que vinha a fazer o anterior executivo, ou seja consolidação da Casa Museu dos Patudos e da albufeira dos Patudos, sendo que no caso desta ultima o investimento passe pela possível construção de por exemplo unidade hoteleira ou então pela reconversão do actual parque de campismo, que bem necessita de ser dinamizado, pois com a actual conjuntura económica, o campismo é visto novamente como uma actividade com muito potencial, pois como todos sabemos é muito mais barato fazer campismo do que alugar uma habitação, aliás o parque de campismo de Alpiarça tem todas as condições para ser mais que um mero parque de campismo, ou seja poderá também ser utilizado como um parque de lazer com diversas actividades radicais. Podemos também partir para um melhor aproveitamento de todo o parque do Carril, sendo que neste ponto seja muito mais complicado fazer um investimento com capacidade de retorno, no entanto não é de todo impossível, pois ideias não faltam, sendo que neste momento o mais complicado é sempre a poluição da vala, no entanto com firmeza e vontade, esse não será de certeza um impeditivo. Outro factor de desenvolvimento que também é neste momento crucial é a expansão da malha urbana da localidade, ou seja, se de facto a mesma está de facto apresentável a sul, o mesmo não se passa com a entrada norte, onde é de facto necessário potenciar a construção.
Não falo neste caso em construção em altura, mas sim construção em área, ou seja construção não apenas de habitações mas também de serviços, capazes de dinamizar o interior da vila, pois nunca entendi muito bem qual a lógica de crescimento sempre para sul, pois vejamos, não seria de todo interessante construir por exemplo o novo quartel da GNR na zona norte da Vila?
Relembro que um dos meus primeiros posts foi direccionado para os PDM e para a urgente revisão do mesmo, que teima em não surgir. Porque será? Não nos podemos esquecer nunca de uma coisa, o planeamento tem de ser encarado como um investimento, sendo neste caso um investimento induzido, capaz de gerar um aumento de circulação de verbas e o consequente investimento por parte dos particulares.
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