PROJECTO DA CULTURA AVIEIRA: Condenado a desaparecer

“SE A CCDRLVT SE MANTIVER IRREDUTÍVEL, NÃO HÁ FORMA DE LEGALIZAR AS ALDEIAS AVIEIRAS QUE ESTÃO CONDENADA A DESAPARECER”

"O projecto da Cultura Avieira previa um investimento da ordem dos 30 milhões de euros para criar a primeira Rota turística dos Avieiros. Previa-se a recuperação de todas as aldeias Avieiras do Tejo e a construção de aldeamentos turísticos desde a Azambuja até à Golegã” adianta o semanário ‘O Ribatejo’ para avançar ainda que:  o “projecto previa ainda recuperar o dique de 20 Km que liga os concelhos de Azambuja, Cartaxo e Santarém; melhorar substancialmente os aeródromos de Santarém e de Benavente; adquirir dois aviões anfíbios para concretizar a ideia da Rota dos Avieiros que inclua os transportes de turistas por via fluvial, rodoviária e aérea; e dinamizar um eixo fundamental para o desenvolvimento económico regional, com base no Rio Tejo”.

Vária vezes foi opinado neste jornal que este descomunal  projecto dificilmente teria “pernas para andar” e muito menos para se concretizar. O que se escreveu o tempo parece estar agora a dar-nos razão.

Segundo o semanário “tudo isto esbarrou na intransigência da nova direcção da CCDR LVT – Comissão de Coordenação da Região de Lisboa e Vale do Tejo que impediu a legalização das aldeias Avieiras, o que levou a que as Câmaras Municipais tenham entretanto desistido dos projectos”.

Até  João Serrano,  coordenador do projecto da Cultura Avieira, afirma que sem o “aval da CCDRLVT, os planos de pormenor das aldeias não podem avançar e as casas, assim, não vão ser restauradas” .

Resta saber se quando Mário Pereira (foto do lado direito) e respectivo executivo da CDU recusou a proposta apresentada à Câmara por um investidor privado para a remodelação da ‘Aldeia do Patacão’ se deveu ao conhecimento prévio de que as aldeias Avieiras estavam condenadas a desaparecer ou se conseguiu saber nos bastidores que o projecto nunca iria para a frente  porque não contava com o apoio da CCDR LVT. 

Seja como for o presidente da Câmara previu com antecedência o que está para acontecer porque bem cedo as Câmaras começaram a afastar-se do Projecto Avieiro o que quase nos leva a poder afirmar que esta visão e informação antecipada da imposição da CCDR LVT o levou a rejeitar o investimento privado que lhe foi endereçado por João Serrano que desconhecia a falta do aval da respectiva Comissão.
Mário Pereira foi acusado,  na altura, de estar a impedir o desenvolvimento turístico em Alpiarça ao não querer a remodelação da ‘Aldeia dos Pescadores’ no Patacão mas o tempo está a demonstrar de que a razão estava do seu lado.

Por: AC/JA