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sábado, 16 de novembro de 2013

Depois da troika "vão manter-se medidas de austeridade"

Manuela Ferreira Leite afirmou, em entrevista à antena da TVI24, que Portugal não vai sair do programa de ajustamento para uma realidade diferente, “vai manter-se como necessária a execução de mais medidas de austeridade”.
Manuela Ferreira Leite considerou, no programa Política Mesmo, na TVI24, que os portugueses não devem esperar uma mudança na austeridade no pós-troika lembrando que continuamos a ter que recuperar a economia: “Não podemos dispensar a questão da austeridade, não seria lógico pensar-se que era possível sairmos [dela] em Junho. (…) Vai manter-se como necessária a execução de mais medidas de austeridade”.
A comentadora falou sobre o relatório divulgado recentemente pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em que propõe mais medidas de austeridade para o País.
“Eu parece-me que, em vez de apresentar relatórios e medidas, já é altura do FMI fazer um balanço do resultado das medidas que já foram utilizadas, fazendo um ‘mea culpa’ de algumas delas”, frisou Ferreira Leite.
A antiga ministra das Finanças notou também que em todo o relatório não há “uma palavra sobre crescimento” sugerindo que o programa imposto pela organização internacional terá falhado pois “não é possível um programa de ajustamento sem crescimento”.
“Deixa-me perplexa que o programa de ajustamento termine já no próximo ano e o FMI parece dar sugestões ou ordens para 2016”, constatou Ferreira Leite, sublinhado que a organização não terá poder em 2016 porque se tiver significará um segundo resgaste.
No entanto, a antiga ministra acredita que o FMI não pensa, para já, em segundo resgate visto que “todos estão conscientes daquilo que tem sido uma execução quase perfeita do que eles [FMI] pediram”.
Em relação ao Executivo, Manuela Ferreira Leite crê que “enquanto a conversa [entre partidos] for na área das medidas nunca se vão entender”. A comentadora afirmou que os partidos precisam de criar um “projecto político”, que passa por um entendimento conjunto que vá além das medidas, uma mudança a fundo na governação.
«NM»

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