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domingo, 5 de junho de 2011

Votos brancos nas legislativas batem recorde na história da democracia portuguesa

 Nunca tantas pessoas se tinham deslocado às urnas para não escrever nada nos boletins de voto numas eleições para a Assembleia da República.

O número de votos brancos alcançado nas legislativas de 2011 já é o maior desde, pelo menos, 25 de Abril de 1974. Os boletins sem qualquer inscrição apurados até ao momento já superaram o máximo anterior, que tinha sido atingido em 2005.

Com 64 mandatos por atribuir, tinham sido já contabilizados 131.224 votos brancos. Este valor supera os 99.086 votos que não tiveram qualquer inscrição no sufrágio de 2009.

Além disso, ultrapassa o número máximo de votos brancos até ao dia de hoje, que tinha sido alcançado em 2005, na primeira vitória de José Sócrates, com um total de 103.537 votos.

Mas, por mais boletins que não indicam a escolha de nenhuma força partidária nas urnas, não há nenhum mandato que fique por eleger. Ou seja, o número de deputados a entregar por cada círculo eleitoral é cumprido, com mais ou menos votos brancos e nulos.

No entanto, os votos nulos não são superiores aos que já foram alcançados em vários sufrágios. Estão contabilizados provisoriamente 67.091 votos, o que é inferior ao total conseguido há dois anos, com 76.894 votos.

O novo recorde nas legislativas acompanha o máximo histórico que tinha sido atingido nas eleições presidencias do início do ano, quanto mais de 190 mil pessoas não escreveram nada nos boletins.
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