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sexta-feira, 3 de junho de 2011

Troika obriga Estado a pagar dívidas a 90 dias

 A nova versão do memorando de entendimento com o FMI obriga o Estado a pagar dívidas aos fornecedores em apenas 90 dias.
A partir deste mês, Portugal está impedido de se atrasar nos pagamentos por mais de 90 dias, para além da data a que se comprometeu a pagar aos fornecedores. Caso contrário, o financiamento prometido pelo FMI fica em causa. Esta condição faz parte de mais uma versão do memorando de entendimento com o Fundo, assinado pelo ministro das Finanças e pelo governador do Banco de Portugal, e que só ontem foi conhecida.
Para receber a ajuda financeira do FMI - 26 mil milhões de euros, de um bolo total de 78 mil milhões negociados com a ‘troika' - não basta cortar o défice. Há 22 medidas estruturais e quatro metas quantitativas que Portugal não pode falhar este ano e para as quais já tem objectivos indicativos em 2012. Pagar a horas é uma destas metas quantitativas.
Ontem, o FMI divulgou a documentação completa e oficial que reúne os compromissos assumidos pelo ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, e Carlos Costa, governador do Banco de Portugal, em nome do Estado português.
São duas cartas, uma enviada ao antigo director do Fundo, Dominique Strauss-Kahn, e outra endereçada ao Eurogrupo, Ecofin, Comissão Europeia e BCE, acompanhadas dos respectivos memorandos de entendimento. Nestes documentos, o País compromete-se a aplicar um conjunto alargado de medidas de austeridade e de reformas estruturais, em troca da ajuda financeira de que precisa para evitar a bancarrota.
O pacote de medidas acordado com o FMI é igual ao que foi estabelecido com os parceiros europeus, mas o Fundo foi mais longe: detalhou critérios objectivos para avaliar o seu cumprimento e definiu à risca o âmbito de aplicação e o sentido de cada um deles.
«DE»

1 comentário:

Anónimo disse...

E os tribunais portugueses deveriam fazer o mesmo em relação às empresas privadas. Os "gestores de ouro" criam fundo de maneio ao atrasarem vergonhosamente os pagamentos.
São esses milhares de euros, que pertencem aos fornecedores, que na maioria das vezes permitem a compra de carros de alta cilindrada.
Como pode uma economia funcionar assim?