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quarta-feira, 15 de junho de 2011

Tribunal pode obrigar EDP a mudar de imagem


Apesar de o processo da alegada imitação do logótipo da empresa O Feliz ainda estar em reapreciação pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual, a energética admite repensar a estratégia da sua marca.
A EDP admite proceder a alterações na sua marca devido ao processo que a empresa de Braga, O Feliz, interpôs contra a energética. Em questão está a alegada usurpação do logótipo da metalomecânica, criado há nove anos.
O processo arrasta-se desde 2005, data em que a empresa bracarense avançou para tribunal com uma providência cautelar para impedir que a EDP continuasse a usar a sua nova imagem: um sorriso branco num quadro de fundo vermelho. A decisão do tribunal foi a favor da EDP, tendo-lhe atribuído o direito de continuar a utilizar o logótipo.
A empresa de Braga não ficou contente com o veredicto e decidiu recorrer para o o Tribunal da Relação de Lisboa que, segundo fonte oficial da EDP, _«anulou os despachos de atribuição das marcas à EDP e remeteu novamente o processo ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) para reapreciação».
Questionada pelo SOL sobre um eventual rebranding devido ao processo que está a decorrer, fonte oficial do grupo adiantou que «a decisão não obriga a EDP a mudar de imagem, embora possa levar a repensar a concretização dos investimentos numa marca que não está estabilizada».
O SOL contactou a empresa O Feliz, mas até ao fecho da edição não obteve resposta.
Apesar de o logótipo da metalomecânica estar registado no INPI – onde apresentou já uma queixa, tal como fez na Direcção-Geral das Actividades Económicas (DGAE )–, António Feliz, dono da empresa, tinha consciência das dificuldades que iria ter ao enfrentar a energética actualmente liderada por Antónia Mexia, disse o empresário ao Correio da Manhã, em 2005. «Claro que isto é uma luta muito desigual. Estamos a falar de um pequeno David contra o Golias, com milhões para gastar. Mas vamos até onde for necessário na defesa dos nossos direitos», garantiu António Feliz.
Para o dono da empresa de Braga, a semelhança dos logótipo «é uma coincidência demasiado infeliz, porque ressalta à vista desarmada que se trata de uma mera cópia». Além disso, sustenta que «está em causa a estratégia que a metalomecânica vem desenvolvendo nos últimos anos no sentido de identificar a empresa apenas com a exibição do logótipo, conforme se pode constatar em diversos espaços da firma bracarense».

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