Alguns dirigentes socialistas, incluindo no Governo espanhol, estão a medir a possibilidade de as eleições legislativas de 2012 serem antecipadas para novembro, devido a fatores como a crise económica ou a situação política.
Esse cenário é hoje manchete nos dois maiores diários espanhóis, o El Pais e o El Mundo, que citam fontes socialistas que admitem ser “muito complicado” ao presidente do Governo, José Luis Rodríguez Zapatero, manter a vontade de cumprir o calendário legislativo.
As mesmas fontes, citadas pelo El Pais, consideram que a evolução da crise económica, as circunstâncias políticas, a estabilidade parlamentar e o clima social são os principais fatores que podem determinar a antecipação do calendário eleitoral.
Zapatero fará o que mais convenha “a Espanha e ao partido”, por essa ordem, segundo as fontes ouvidas pelo jornal.
Em causa pode estar, tanto o difícil cenário de aprovação das contas públicas, como dificuldades parlamentares para que o PSOE consiga aprovar importantes pacotes legislativos ainda em trâmite.
Do lado positivo, o Governo antecipa que o emprego em Espanha continue a aumentar até setembro, pelo que convocar eleições nessa altura poderia ser mais vantajoso para o PSOE.
Em setembro decorre também a conferência política do PSOE, momento para o partido consolidar a sua estratégia política antes das eleições e, esperam os socialistas, voltar a mobilizar o seu eleitorado.
Prolongar o cenário de instabilidade até março, quando deveriam decorrer as eleições, poderia prejudicar a candidatura de Alfredo Pérez Rubalcaba, que deverá ser eleito, nas primárias do partido, como candidato do PSOE à presidência do Governo.
«Lusa»
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