Ao contrário do que alguns defendem, o único Governo possível era (é) uma coligação PSD/CDS. O PS não poderia integrar o futuro Governo. Estas eleições eram uma escolha entre a continuidade e a mudança – e ganhou a mudança. As eleições separaram bem as águas e seria traiçoeiro voltar a juntá-las depois das eleições.
O próximo Governo precisa de três coisas: ser determinado, corajoso e célere a decidir. Ora, se o PS integrasse o Executivo, este não poderia ser nada disso. Seria uma força de bloqueado. Acresce que, se o PS fosse para o Governo, estaria sempre com um pé dentro e outro fora – porque quereria capitalizar o descontentamento.
Seria, portanto, um factor de enfraquecimento do Executivo, um cavalo de Tróia. E impediria a limpeza que é necessário fazer no aparelho de Estado: sempre que um boy fosse afastado, o PS começaria a falar de ‘saneamentos políticos’.
Seria, portanto, um factor de enfraquecimento do Executivo, um cavalo de Tróia. E impediria a limpeza que é necessário fazer no aparelho de Estado: sempre que um boy fosse afastado, o PS começaria a falar de ‘saneamentos políticos’.
Àqueles que defenderam ou ainda defendem esta ideia eu pergunto: alguém no seu perfeito juízo diria que, nos EUA, republicanos e democratas deveriam juntar-se para formar um Executivo forte?
PSD e PS são feitos para liderar alternativas e não para se juntarem.
«Sol»
Sem comentários:
Enviar um comentário