A resistência do CDS a Fernando Nobre como presidente da Assembleia da República está a marcar as negociações para a formação do futuro Governo. A Renascença sabe que este é um dos pontos mais sensíveis no debate entre as equipas de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas.
Para Ângela Silva, comentadora de política nacional, pode ser, no limite, a forma do líder centrista ganhar peso político no próximo Executivo. “Falta perceber até que ponto Fernando Nobre não está a servir de peso negocial, com o CDS a dificultar a sua aceitação, eventualmente, para, se tiver que o aceitar, conseguir outros ganhos de causa no negócio que está a fazer com Pedro Passos Coelho”, diz Ângela Silva.
A comentadora lembra que “não sabemos tudo o que se está a passar. Não sabemos se os lugares que Paulo Portas quer conseguir num futuro Governo estão garantidos e, portanto, a aceitação ou não de Fernando Nobre também pode funcionar como moeda de troca”.
A orgânica do Governo ainda está a ser fechada, sendo que o fim do acordo é anunciado esta semana, havendo indicação de quarta-feira como o dia do possível anúncio.
«RR»
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