.

.

.

.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Preço da água aumenta cem por cento na Chamusca

A água da rede de abastecimento público no concelho da Chamusca vai passar a custar o dobro do que custa agora. Um aumento de cem por cento que surge no âmbito da passagem da gestão do sistema de abastecimento para a empresa intermunicipal Águas do Ribatejo. A Câmara Municipal da Chamusca vai suportar parte desse aumento nos próximos três anos.

Durante a reunião da assembleia municipal de sábado, o presidente da câmara, Sérgio Carrinho (CDU), reconheceu que o aumento é muito grande. “São cem por cento de aumento que vão pesar muito nos orçamentos de muitas famílias, por isso decidimos na câmara introduzir um mecanismo compensatório, para que o aumento seja progressivo”.
A proposta que foi aprovada com uma abstenção de António Gaudêncio, do PS, prevê que a câmara suporte parte do aumento durante três anos. “Vamos fazer o esforço de suportar cinquenta por cento do aumento no primeiro ano, 25 por cento no segundo ano e 12,5 por cento no terceiro. Pensamos que é um espaço de tempo normal para que os consumidores se adaptem aos novos tarifários”, disse Sérgio Carrinho.
O aumento do preço da água na Chamusca motivou alguma discussão, porque na opinião de alguns dos eleitos devia ter sido actualizado ao longo dos tempos, mas nunca o foi por motivos políticos. Falou-se também de muitos problemas nas ligações e de pagamentos em falta, que têm motivado muitas queixas e tomadas de posição de alguns eleitos, principalmente do PS.
Foi por isso que António Gaudêncio se absteve e perguntou: “Será que, mais uma vez, a câmara não está a prejudicar os consumidores que cumprem pontualmente os seus pagamentos? Não será possível fazer a derrogação compensatória apenas aos consumidores que tenham as suas contas em dia, ou para as famílias verdadeiramente carenciadas?”.
O presidente da câmara mostrou-se bastante incomodado com essa intervenção, garantindo que a autarquia tem feito um grande esforço para resolver todas as questões. “Não podemos estar continuamente a olhar para trás. Em todas as empresas há sempre uma percentagem de incobráveis, nós também não podemos fugir a isso. Mas se há casos que desconhecemos, penso que seria eticamente correcto que nos informassem disso. Por outro lado não é possível fazer a separação dos consumidores, temos é que lutar pela mudança de hábitos. Na maior parte dos casos são as famílias com menos posses que têm consumos mais elevados”, garantiu em jeito de resposta.
«O Mirante»

Sem comentários: