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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Vinhos alpiarcenses pelo mundo fora


O Vinho Regional Ribatejano vai adotar a designação Tejo, uma marca que os produtores acreditam ser mais fácil vender, sobretudo no mercado internacional, disse nesta segunda-feira o secretário-geral da Comissão Vitivinícola Regional (CVR) do Ribatejo.
João Silvestre afirmou que a decisão foi tomada num Conselho Geral da CVR, no qual os principais produtores da região têm assento, depois de um estudo de mercado que indicou a designação Tejo como sendo a que traria mais notoriedade, tanto em Portugal como no exterior.
A portaria que concretiza a mudança "está em vias de ser publicada", aguardando a CVR Ribatejo pela sua publicação para iniciar uma campanha de promoção da marca, da ordem de 1,3 milhão de euros.
Os alvos da campanha são os mercados nacional, europeu e fora da Europa, incidindo neste caso em quatro países - Brasil, China, Rússia e Angola -, e passará por participação em feiras e por convites a importadores e jornalistas especializados para que visitem a região onde o "Tejo" é produzido.
A nova marca pretende "limpar a imagem não muito positiva" que os vinhos ribatejanos tinham no mercado nacional, uma imagem que vem do passado, quando o vinho da região era vendido a granel, e que ignora a "grande evolução ocorrida, sobretudo na última década", afirmou Silvestre.
Além disso, o nome "ribatejano" é de "pronúncia difícil e demasiado grande" para entrar com facilidade no mercado externo, enquanto "Tejo" é "muito mais fácil de dizer e traz uma associação à região", disse João Silvestre, frisando que as regiões produtoras de vinhos estão geralmente associadas à presença de um grande rio, que acaba por ser um elemento identificador da região, como é o caso.
Segundo ele, a nova direção da CVR Ribatejo está fazendo uma "aposta forte" na promoção e na simplificação do processo burocrático que permita a certificação dos vinhos, frisando que em 2008 houve um crescimento de 15% nas certificações.
"O nosso objetivo é, em cinco anos, duplicar o número de certificações", que em 2008 foi de 9,3 milhões de garrafas, acrescentou.Em janeiro, o número de certificações cresceu 20% em relação ao mesmo mês de 2008, sendo que ainda existem muitos produtores que não certificaram os seus vinhos de mesa.
Atualmente, existem cerca de 60 produtores ativos com vinhos classificados na área abrangida pela CVR Ribatejo, sendo que sete deles adegas cooperativas.
A área de vinha da região é de 19 mil hectares, registrando-se um decréscimo nos últimos anos, devido ao abandono das castas de menos qualidade e à saída de atividade dos produtores mais velhos, acrescentou Silvestre.
Em contrapartida, há novos produtores que apostam na inovação e na qualidade, disse.Produtores como a Quinta da Alorna, Casal Branco e Fiúza (Almeirim), Lagoalva (Alpiarça), Vale de Algares (Cartaxo), Encosta do Sobral (Tomar), Casal Coelheira (Abrantes), Companhia das Lezírias (Benavente) e as cooperativas de Cartaxo e Almeirim são alguns exemplos de vinhos com aceitação no mercado, alguns deles premiados, tanto em Portugal como no exterior.
«Lusa»

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