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domingo, 14 de dezembro de 2014

Um quarto das candidaturas ao PRODER é de jovens agricultores

Um em cada quatro projetos financiados pelo PRODER, o programa de fundos comunitários para apoio ao desenvolvimento rural, pertence a um jovem agricultor, segundo os dados oficiais do Ministério da Agricultura e Mar (MAM).


O PRODER, que já não recebe candidaturas, mas continua a ser executado até meados de 2015, em simultâneo com o novo Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) 2020, financiou no total 37.500 projetos, dos quais 9.000 de jovens agricultores, com idades entre os 18 e os 39 anos.
"São sinais positivos de haver uma certa regeneração e dinamização do setor", comentou o secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque.
O governante assinalou que alguns destes jovens "trabalhavam em outras áreas e viram a agricultura como alternativa", tendo o auge das candidaturas sido atingido entre 2011 e 2013.
No novo PDR, a exigência vai ser maior, para "assegurar que o projeto é sustentável".
José Diogo Albuquerque garante que o objetivo não é "barrar" os novos agricultores e sim "levá-los para o sucesso no final do seu projeto".
Vai ser exigido, por exemplo, que os jovens tenham uma formação obrigatória de, pelo menos, 48 horas na área agrícola e que passem a ter aconselhamento por parte das organizações de produtores.
Os jovens agricultores receberam um apoio de cerca de 650 milhões de euros no âmbito do PRODER, que serviu para alavancar um investimento total superior a 1,1 mil milhões de euros.
De acordo com o perfil dos jovens agricultores traçado em 2013 pelo MAM, há também mais mulheres a optarem pela agricultura, com a diferença de género a atenuar-se para 60% de homens e 40% de mulheres, mais equilibrada do que entre a totalidade da população agrícola recenseada (69% de homens e 31% de mulheres).
A idade média rondou os 30 anos, menos de metade da idade média do total de agricultores (62 anos).
A sub-região do Douro, com mais de 1.000 jovens apoiados, destacou-se como a que tem maior percentagem neste universo (4%), sendo as sub-regiões localizadas no interior as que concentram mais jovens agricultores, "o que eventualmente se explica por um leque mais restrito de oportunidades de emprego".
Os frutos aparecem destacados entre as preferências produtivas dos jovens agricultores, quer em termos de jovens apoiados (31%), quer em valor de investimento (202 milhões de euros).
Seguem-se as atividades ‘Hortícolas e flores’, ‘Vinho e vinha’ e ‘Pecuária’, com 13% cada, uma importância que não se reflete no valor de investimento que é apenas de 22 milhões de euros no caso da vinha, situação que decorre do facto de o apoio destinado a esta plantação estar fora do PRODER.
As atividades ‘Olival e azeite’ e ‘Apicultura’ contam com 7% de jovens apoiados, enquanto a atividade ‘Aves e ovos’ representa um investimento assinalável de 73 milhões de euros, embora reúna apenas 4% das preferências.
Em termos de dimensão das explorações, a área média foi de 22 hectares, o dobro da média da área total das explorações agrícolas.
«NM»

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