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sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Estudo do FMI pede corte no subsídio já que não dá para baixar salário mínimo

Em teoria, o ideal era cortar no salário mínimo (SMN) de modo a fazer baixar o desemprego jovem. Mas como em Portugal há um "consenso social" em torno do SMN, então o Governo deve estudar, em alternativa, novos cortes na generosidade do subsídio de desemprego, ponderar uma redução da carga fiscal sobre o trabalho (Taxa Social Única das empresas) ou investir mais em programas de estágios e de qualificações, defende uma equipa de economistas do Fundo Monetário Internacional (FMI).
A insistência em manter os salários baixos, reduzir o custo contributivo das empresas com os trabalhadores e tornar o regime do subsídio de desemprego menos apetecível são reivindicações antigas do FMI no âmbito do combate ao desemprego jovem.
Tudo isto já foi feito em Portugal durante o programa da troika, mas a instituição reitera que é preciso mais. Embora esteja a descer, o desemprego atinge 32% da população ativa com menos de 25 anos, um dos piores da Europa.
Num artigo divulgado (Desemprego Jovem nas Economias Avançadas na Europa: à procura de soluções), os técnicos voltam a insistir na fórmula de sempre. "Reduzir as taxas brutas de substituição do benefício [subsídio de desemprego] para a média europeia em França, Itália e Portugal" poderia permitir uma redução de 1-6 pontos percentuais na taxa de desemprego jovem. O rácio de substituição mede, no fundo, quanto vale o subsídio face aos salários praticados. Quanto maior for, menor o incentivo das pessoas em aceitar um trabalho.
«DD»

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