PCP
garante que este ano teve cerca de 20 mil euros de despesa com a conta que a
Festa do Avante! tem no BES/Novo Banco. E acusa banco de contabilizar mal
valores em documentos internos.
O
PCP, envolvido numa polémica por causa de um documento interno do BES que
registou 11 mil euros de donativos para a Festa do Avante! que não foram
recebidos pelo partido, admite mudar a conta bancária que detém atualmente no
BES/Novo Banco.
Em
comunicado divulgado ontema, o partido liderado por Jerónimo de
Sousa reagiu ao documento do BES, noticiado esta quinta-feira pelo Público, e
acusa mesmo a entidade bancária de registar mal os valores. O texto, colocado
na página oficial do partido para esclarecer os militantes, diz que o PCP
“totalmente alheio à forma como essa entidade [o BES] classifica a
contabilização dos serviços contratados” e “rejeita e considera totalmente
abusiva qualquer assumpção do conceito de donativo nesta relação comercial”
pois a relação com o BES é “estritamente comercial”.
Contactado
pelo Observador, o PCP admite repensar a relação com o BES/Novo Banco. “Em cada
momento, o PCP optará por aquela(s) entidades que apresentem as condições que
melhor correspondam às necessidades”, respondeu, por email, o partido.
No
comunicado, o PCP explica que só em 2014 a Festa do Avante, que tem conta
naquele banco, gastou 20 mil euros na contratualização de serviços para a
iniciativa de três dias que decorreu em setembro, no Seixal.
O
partido lembra que a Festa do Avante! tem no BES/Novo Banco uma conta bancária
“onde são depositadas e movimentadas as receitas da Festa, cujas vantagens para
a referida entidade por si só justificaria que não acrescessem encargos para a
Festa decorrentes de serviços associados, como o transporte de valores, a
instalação de meios de pagamento automático, de realização de depósitos e de
levantamento de dinheiro”.
A
Festa do Avante! decorre todos os anos no primeiro fim de semana em setembro,
na Quinta da Atalaia, no Seixal, uma área com cerca de 25 hectares e que
durante três dias se enche com várias tasquinhas e outros pontos de venda que
exigem terminais de pagamento automático, vários multibancos e ainda cofres
noturnos.
Segundo o documento do BES, citado pelo Público, esta conta tem um saldo médio trimestral em depósitos à ordem de 469 mil euros e 550 mil euros em depósitos a prazo.
Segundo o documento do BES, citado pelo Público, esta conta tem um saldo médio trimestral em depósitos à ordem de 469 mil euros e 550 mil euros em depósitos a prazo.
«Observador»
1 comentário:
Que raio de noticia esta, o que é que me interessa onde o PCP ou os outros partidos tem as suas contas bancárias, querem ver que os partidos não podem ter contas bancárias para o seu normal funcionamento? Parece que está tudo louco, e que agora estes jornalistas zecos de trazer por casa descobriram que os partidos tinham contas bancárias, uma coisa são as contas, outra é o roubo que altos funcionários do estado e ministros fazem, casos do Presidente do Instituto dos Registos e Notariado, Director do SEF, ex- primeiro ministro, altos dirigentes de Bancos, etc. Agora fazer noticia de contas de partidos que são do funcionamento normal de qualquer associação, seja ele politica, desportiva ou cultura, e que são efectivamente, controladas e verificadas, pelas identidades competentes, só pode ser para desviar a atenção para graves problemas que estão a chegar pela governação deste pais, em Janeiro, mais cortes, mais aumentos mais fome, enquanto se entretém o povo com questões colaterais, eles vão tirando tudo, só para informação, mais de 17000 mil penhoras de automóveis pelas Finanças, credito mal parado a aumentar, desemprego e pobreza a crescer. É a intoxicação da informação ligada ao grande poder a funcionar no seu melhor, já Hitler a fazia. E os resultados foram os que se viram.
Já cá ando à muitos anos.
LINO SOEIRO
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