Por: António
Centeio/JA |
Mário
Pereira não tem levado muito a sério as intervenções de Francisco
Cunha (TPA) e Pedro Gaspar (PS) vereadores da oposição.
Estes dois vereadores já demonstraram que não estão para brincadeiras e muito menos permitem
que as suas questões sejam ignoradas pelo presidente da Câmara.
Uma estratégia
errada por parte de quem tem a maioria que começa a ter as suas consequências.
A “travessia do deserto” tem sido difícil
quer para Francisco Cunha quer para Pedro Gaspar mas as “palmeiras” começam a estar à vista.
FRANCISCO CUNHA
O vereador
do TPA já demonstrou (por actos e palavras), que é um “incómodo” e o que diz
que “vai fazer” faz mesmo.
Nada do
que fez e disse o envergonha (antes pelo contrário) porque acima de tudo são legítimos os seus “direitos”.
Afinal
representa uma razoável franja do eleitorado e tem que mostrar a este a
responsabilidade de ser vereador da oposição como pretende, mais tarde ou mais
cedo, ocupar o lugar de Mário Pereira.
Nada
então como ser “incómodo” porque muitos alpiarcenses começam a acreditar se
Francisco Cunha tivesse sido eleito presidente da Câmara” já “algo teria mudado”
nesta pacata terra.
Foram
longos “meses de espera” que o vereador Francisco Cunha teve que aguardar para que
tivesse acesso aos tão desejados documentos.
Para que tal acontecesse teve que
pedir ajuda a um organismo da Assembleia da República.
PEDRO GASPAR
A “inércia” e um certo “desleixe” por parte do executivo da CDU quanto à
mortandade dos peixes, como era de esperar, acabou por ter as suas consequências,
graves e penalizadoras para o executivo, nomeadamente para Mário Pereira.
Enquanto Francisco Cunha caminhou pelos corredores da Assembleia da
República o vereador do PS, Pedro Gaspar socorreu-se dos seus conhecimentos e influências
partidárias porque os “camaradas” são para as ocasiões.
Numa “singela”
mas oportuna conversa, Pedro Gaspar soube que a deputada Idália Serrão (eleita
pelo PS no circulo eleitoral de Santarém) ia apresentar vários problemas da
região na Assembleia da República e pediu-lhe que juntasse “aos que já levava”
o problema da “mortandade dos peixes na Barragem dos Patudos de Alpiarça”
porque os comunistas “dão indícios” da “causa dos peixes mortos” ser coisa que
não incomode muito.
Idália
Serrão (foto) que é uma “mulher de influências” apontou na sua “ agenda” a “teimosia
ou desleixe” de Mário Pereira para interpelar o Ministro do Ambiente”
Pedro
Gaspar limitou-se a “denunciar factos” como fazia a CDU quando era oposição ao
PS, que “chamava
até a Alpiarça jornalistas e repórteres de imagem para filmarem os esgotos que
corriam da Zona Industrial para a vala velha e outros desleixos e agressões ao
ambiente” (palavras de um comentarista).
A “coisa” deu "estrondo” e a imprensa deu “cobertura nacional” ao acontecimento porque nos bastidores
das “influências” estava (e está) um homem da comunicação social que sabe muito
bem o que é ou não “noticia”.
Mas como não
há “uma sem duas” e para se mostrar que não são só os outros que se preocupam
com o “ambiente” e “como quem não quer a coisa” num ”ápice” e em simultâneo o PEV – Partido Ecologista “Os Verdes” solicita ”uma reunião com carácter de
urgência à Câmara Municipal de Alpiarça (CMA), no sentido de tomar conhecimento
das medidas que a autarquia está a implementar para resolver o problema que
está a ocorrer na Barragem dos Patudos e que levou à morte de peixes”.
Curiosamente ou por mera coincidência (???) tudo acontece e é marcado após
a imprensa começar a divulgar o “inacreditável”. Uma maneira simples de ninguém
ficar comprometido e todos mostrarem que estão preocupados com a situação.
Existe é uma “pequena” diferença:
“Os Verdes” limitaram-se a querer tomar “conhecimento das medidas que a
autarquia está a implementar para resolver o problema” enquanto a deputada socialista interpelou
directamente o ministro e…no sítio certo.
Com tudo isto que aconteceu, uma coisa sabe-se: os ventos não estão favoráveis para Mário Pereira porque os vereadores já
mostraram que não estão para brincadeiras.
Para que o “caminho não fique ainda mais cinzento”
seria bom que o edil se tornasse mais flexível e
tolerante caso contrário, o “quero, posso e mando” poderá sair-lhe bem caro.
3 comentários:
Embora a veracidade dos factos, reconheça-se o bom trabalho que o executivo da CDU está a levar a efeito, dentro das suas possibilidades, competência e seriedade
Mas, há uma diferença e grande. Quando era o PS a culpa era dos esgotos das adegas,da Zona industrial e da fabrica de Ulme...E aqui é dos comunistas que vão todos os dias mijar no lago da barragem. o Velhinho.
"...dentro das suas possibilidades". Tem toda a razão senhor comentarista, e é justamente aqui que bate o ponto! Aqui é que está a diferença.
As "possibilidades" de uns e de outros nem sempre são as mesmas perante o mesmo cenário. Por isso é que há os vencidos e os vencedores. Os que passam e os que deixam passar. Os que evoluem e os que não passam da cepa torta!
São as "possibilidades" de cada um.
E quem faz o "possível" a mais não é obrigado. Só que o reconhecimento e mérito, é sempre de quem ultrapassou a barreira do "normalmente possível". Em certos casos, de quem fez o IMPOSSÍVEL.
(Viriato)
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