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| Por: X. Frade |
Quanto à grave poluição que afecta desde há anos a barragem dos Patudos com a consequente morte da fauna piscícola, e que tem ultimamente sensibilizado a opinião pública local, é preciso dizer, até por uma questão de respeito à verdade, que as medidas sugeridas, segundo consta, pelo partido ecologista "Os Verdes", do repuxo como auxiliar na oxigenação da água, não é de modo algum uma solução técnica eficaz, conforme está provado. A renovação da água da barragem, como foi também recomendado pelos ecologistas, simplesmente não foi feita.
Há algumas semanas, conforme este jornal fez eco, e mais tarde foi confirmado pelo presidente Mário Pereira, se não estamos em erro, na última Reunião de Câmara, foi accionada a bomba de um antigo furo (desactivado) existente nas proximidades da barragem e, desde então, a água passou a correr para a albufeira. Muitas pessoas acreditaram que a situação iria melhorar com esta nova tentativa experimental mas, o certo é que bastaram dois ou três dias de mais calor para que a matança aparecesse de novo. Prova algumas teorias que apontam para as causas: sol/algas/consumo de oxigénio/eutrofização etc.
De acordo com as nossas fontes, que consideramos bem informadas, a comporta existente para drenagem da água da albufeira naquele género de "guarita" está emperrada e ferrugenta por não ter sido ao longo dos anos cuidada com a normal manutenção. Assim sendo, não é possível qualquer operação de esvaziamento, necessário ao processo de renovação da água da barragem. Coisa que poderia ser feita calmamente, nos invernos chuvosos, quando milhões de hectolitros do precioso líquido correm pelos ribeiros vales e encostas da charneca em direcção à barragem dos Patudos.
Mas isto, como é óbvio, somos nós a falar.
Vamos esperar pelas verdadeiras soluções de quem sabe do assunto.
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2 comentários:
Não é hábito do Jornal Alpiarcense, "ir ao mato sem corda"! Isto é, denunciar ou relatar assuntos sem bases sólidas para o fazer. Os factos estão aí para quem os quiser ver e falam por si.
Razão tinha um comentarista quando disse há uns tempos neste local, que a morte dos peixes da barragem, das cegonhas, do fechar de olhos e dos malabarismos para encobrir os factos, ainda ia dar muito que falar.
De tal modo, que já chegou à Assembleia da República.
De tal modo, que o grupo ecologista "Os Verdes" quer saber o que na realidade se passa com o ambiente no concelho de Alpiarça.
É sinal que vale a pena insistir na VERDADE. É sinal que vale a pena denunciar os factos que atentam contra o Planeta, o Homem e a própria Natureza.
Denunciar os factos que atentam contra o ambiente, foi o que fez a CDU/Alpiarça quando era oposição ao PS antes de alcançar o poder em 2009. Chamava até a Alpiarça jornalistas e repórteres de imagem para filmarem os esgotos que corriam da Zona Industrial para a vala velha e outros desleixos e agressões ao ambiente.
É justo que agora também seja tornado público a sua inércia e "relaxamento" pelas mesmas razões.
É certo que agora o eco chegou mais longe. Chegou à Assembleia da República (Casa Mãe da Democracia) e não apenas aos jornais locais e regionais.
Como diz o outro: "Não atires pedras, se tiveres telhados de vidro".
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