Autarca de Lisboa recolhe quase dois terços das
preferências. Seguro não vai além dos 18,2% das escolhas e deve marcar de
imediato eleições no partido
António Costa é o homem que a larga maioria dos inquiridos gostaria de ver
à frente do PS. Seguro tem repetido que foi ele o eleito para comandar as
hostes socialistas, mas, entre os eleitores, a preferência recai claramente
sobre o presidente da câmara de Lisboa, de acordo com o barómetro i/Pitagórica
de Junho.
A menos de um ano e meio das eleições legislativas - admitindo que o
calendário eleitoral se cumpre como previsto -, mais de seis em cada dez
inquiridos (60,5%) confessa que António Costa seria "melhor líder do PS,
neste momento". Seguro chegou à liderança do partido em 2011, com a saída
de José Sócrates. Costa esteve para avançar desde essa hora, mas a principal
autarquia do país serviu de pretexto para que o ex-ministro tivesse recuado. No
início do ano passado, segunda falsa partida. Em Janeiro, quando já tudo se
posicionava no PS para que Costa defrontasse Seguro na disputa pela liderança,
o autarca recuou. O Documento de Coimbra e alguns lugares na Comissão Nacional
para os opositores internos apaziguaram o clima. Até ao final do mês de Maio.
Hoje, no entanto, Seguro não colhe o apoio de mais de 18,2% dos inquiridos,
quando se trata de escolher aquele que seria o melhor líder socialista para o
momento que o país atravessa. É menos de um terço do número de inquiridos que
assume a preferência por Costa.
ELEIÇÕES, JÁ! O actual secretário-geral socialista acabou por
assumir o papel de principal rosto da oposição a um governo que conduziu o país
ao longo de três anos de aperto financeiro contínuo e progressivo. Mas, com o
salto em frente de António Costa, esse tempo terá chegado ao fim, na opinião de
quase dois terços dos inquiridos. O presidente da câmara de Lisboa avançou para
disputar o leme do partido; Seguro elevou o tom - "Habituem-se, porque
isto mudou" - e surpreendeu, ao propor eleições primárias, não para
secretário-geral, mas para o lugar de candidato a primeiro-ministro do PS.
Entre ajustes de posição, vão passando os dias, e isso não agrada aos
eleitores.
A maioria (56,3%) defende a
marcação de eleições internas imediatas.«i»
Sem comentários:
Enviar um comentário