.

.

.

.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Soluções e ajudas para os agricultores


Artigo de Opinião


Por: ADAM




Caríssimos leitores, cá estou eu novamente com mais um "Artigo de Opinião" opinião esta que está, isenta de partidarismos e coisas do género.

Hoje vou me debruçar um pouco sobre a economia no nosso Concelho, mas antes vou escrever umas breves palavras sobre o que se tem falado acerca de um novo “Bloco Central” em Alpiarça.
Quero afirmar antes de mais que estou de acordo, pois como já havia referido anteriormente, concordo plenamente com este tipo de alianças pois como já dizia o meu avô duas cabeças sempre pensam melhor que uma só.
Mas nem tudo podem ser só rosas, pois quando falamos neste tipo de alianças estratégicas não nos podemos esquecer daquilo que é o mais importante de tudo, ou seja, a prossecução de um interesse comum, que não é mais que a melhoria das condições de vida da população do Concelho de Alpiarça, como tal, deverão ficar desde logo definidos todos os parâmetros desta aliança, de modo a que a mesma robusta e acima de tudo extremamente sólida e coesa, pois só assim se conseguirá evitar que esta termine como terminou a ultima, ou seja em clima de guerrilha…
Agora voltando ao tema do meu Artigo, vamo-nos então debruçar um pouco sobre aquilo a que podemos chamar economia local…
De modo a que o leitor percepcione melhor os conteúdos, afirmo desde logo que a economia não é uma economia exacta, muito pelo contrário, daí esta ser para mim a ciência que mais me fascina, pois o que hoje é uma coisa, daqui por seis meses poderá ser outra completamente diferente.
No meio em que se insere o Concelho de Alpiarça, a agricultura é o principal motor de desenvolvimento e de progresso da localidade, no entanto nos anos em que a mesma não corre de feição aos agricultores nota-se logo um abrandamento da actividade económica, ou seja a circulação de bens e de dinheiro tem tendência a diminuir drasticamente.
Resumidamente, sem lucros na agricultura, não existe investimentos, logo não existe circulação de moeda, logo o impacto negativo da conjuntura sente-se muito mais sobre as famílias, o que faz com que o consumo de bens seja alvo de uma retracção negativa. Sendo o nosso Concelho dependente da agricultura, é sobre esta que devem recair as maiores atenções, ou seja é sobre esta que o novo executivo se deverá centrar como o “verdadeiro motor “ de desenvolvimento do Concelho.
Assim sendo e de modo a maximizar os recursos camarários disponíveis, o futuro executivo deverá criar de imediato um Gabinete de Aconselhamento Técnico, que deverá ter como principal objectivo auxiliar os agricultores do Concelho, e quando falo em aconselhar não falo só em termos de produção de produtos agrícolas, falo em termos de financiamentos do QREN. Muitas das vezes a grande maioria dos nossos agricultores não se apercebem das oportunidades que têm para aumentar gradualmente a sua capacitação de produção e de empresarialização, ou seja o QREN, não é mais que a última grande oportunidade que a U.E. nos dá de nos modernizarmos. É com a criação deste tipo de gabinetes que poderemos dar uma resposta mais eficiente à concorrência de que somos alvos, ou seja, será com este tipo de unidades funcionais que os nossos agricultores poderão contar para os ajudar a resolver os seus problemas estruturais.
Através do Programa “PRODER” http://www.proder.pt/PresentationLayer/homepage.aspx é possível modernizar não só os agricultores, como também os empresários e as empresas ligados (as) ao ramo.
É concerteza através deste programa que por exemplo o Grupo Triflorestal está a recuperar não só financeiramente, mas também estruturalmente a Cooperativa Mouchão do Inglês (mais uma amostra daquilo que o “partido” nunca conseguiu resolver de facto, ou seja já estava com a falência a bater-lhe à porta e lá teve que ir alguém inspirado nos tais ideais capitalistas tentar resolver o problema), dotando-a de uma capacidade de produção muito elevada e capaz de competir com as congéneres.
É através de exemplos como este que o novo executivo terá de resolver problemas bastante antigos como o da Agroalpiarça, que actualmente está muito aquém da sua real capacidade.
A Agroalpiarça é neste momento uma Instituição que em vez de ser uma mais-valia para os cofres da C.M.A., não o é, muito pelo contrário é mais um sorvedouro de dinheiro, de pessoas e de recursos muito mal aproveitados, pois os prejuízos acumulam-se uns atrás dos outros.
No entanto estes fundos apesar de a sua futura utilização ser ou não eficaz, deverão ser também geradores de mais e melhores empregos, não só directamente nos campos, mas também nas Industrias que temos na Zona Industrial, nos Gabinetes de Contabilidade e em muitos outros serviços que agora não irei estar aqui a discriminar. Deverá haver um acompanhamento eficaz da distribuição e utilização dos mesmos fundos, de modo a que quando se cometam alguns erros de estratégia, estes sejam de imediato corrigidos.
Com a actual estrutura que temos no Concelho, estes fundos podem ser o que é de facto necessário para que gradualmente se criem alternativas à agricultura, pois no dia em que o Concelho não dependa a 70% ou mais da agricultura, poderemos dizer que estamos no caminho certo, ou seja diversidade de actividades geradoras de riqueza que consigam suster os efeitos negativos dos maus anos agrícolas.
Para finalizar quero apenas referir que este tema ainda irá ser alvo de mais uma abordagem ou duas, de modo a explicitar mais alternativas de desenvolvimento local, ou seja hoje vou só ficar por aqui, pois não pretendo que o leitor perca a vontade de ler os meus Artigos de opinião.
Aproveito a oportunidade para pedir desculpa pela extensão do último Artigo, “Revisão do PDM” mas teve de ser assim, pois é um tema que não dá para subdividir em duas ou três partes.

Sem comentários: