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sábado, 21 de março de 2009

O preço da água que se consome em Alpiarça vai descer


Até 2015, a empresa intermunicipal “Águas do Ribatejo” prevê concretizar 75 milhões de euros de investimentos para alcançar uma taxa de cobertura de 90% nas redes de água e saneamento básico nos seis municípios envolvidos neste projecto: Almeirim, Coruche, Benavente, Salvaterra de Magos, Alpiarça e Chamusca.

As tarifas vão ser uniformizadas e o preço da água vai mesmo subir em vários concelhos, mas os autarcas justificam o aumento com o volume de investimentos em curso. “Nós não podíamos continuar a dar água, mas, mesmo assim, as tarifas que vamos praticar são inferiores à de qualquer sistema do país”, frisou Sérgio Carrinho, presidente da Câmara Municipal da Chamusca, durante uma conferência de imprensa que reuniu os seis autarcas no dia 20 de Março, onde deram conta da actividade da empresa.
“O número de obras em curso é a almofada moral para justificar este aumento”, disse Dionísio Mendes, da Câmara de Coruche, que se diz “tranquilo em relação ao efeito que o novo tarifário vai ter sobre a população”.
O tarifário foi calculado tendo por base os preços praticados no concelho de Alpiarça, o mais caro de todos e onde se vai verificar uma redução de 12,5%. “Importa destacar que houve uma grande solidariedade entre todos os presidentes nas negociações da tarifa, e dizer que os munícipes vão ter um enorme retorno, com os investimentos em curso”.
Tendo em conta a forte crise económica e o facto de muitas famílias atravessarem dificuldades graves, a empresa introduziu uma tarifa social, que poderá beneficiar cerca de 33 mil dos 55 mil consumidores dos seis concelhos, explicou António José Ganhão, da Câmara de Benavente.
As famílias que consumam entre 0 e 15 m3 e cujo rendimento per capita seja inferior ao salário mínimo nacional não vão pagar água. "Para o concelho de Salvaterra, onde o preço da água não sofria actualizações há 11 anos, esta tarifa social é extremamente importante para muitas famílias em situação de carência social”, disse Ana Cristina Ribeiro, mas todos os restantes autarcas sublinharam a importância desta medida.

Em termos de obra, segundo os números apresentados, vão ser construídas 17 novas ETAR e 13 vão ser remodeladas, 44 novas estações elevatórias e 12 vão ser remodeladas, 240 quilómetros de novos colectores, 15 novas captação e remodelações em duas, e 10 novos reservatórios e um a remodelar.

É objectivo da Águas do Ribatejo construir reservatórios suficientes para que, em 2015, haja uma capacidade de reserva de dois dias, o que significa a duplicação da capacidade dos sistema que hoje existem.Neste momento, estão adjudicadas ou concluídas obras que rondam os 19 milhões de euros, em que 12 milhões foram adjudicados a empresas da região, segundo António José Ganhão.

Quanto ao financiamento, as duas candidaturas aprovadas até ao momento garantem 44,2 milhões do Fundo de Coesão. Os autarcas explicaram ainda que, mesmo sem parceiro privado, têm capacidade para ir à banca buscar dinheiro para fazer face aos investimentos, uma vez que estes empréstimos não contam para o endividamento líquido municipal.Moura de Campos é o novo director geral Moura de Campos, um engenheiro que trabalhava na CCDR-LVT, é o novo director geral da empresa, substituindo António Torres, que recebeu grandes elogios de todos autarcas pelo trabalho que desenvolveu no arranque e constituição da empresa.

“Foi uma pessoa fundamental e provou ter uma enorme capacidade de trabalho e resistência, chefiando uma equipa de técnicos que não tinha obrigação nenhuma de fazer tudo aquilo que fizeram por este projecto que abraçaram de corpo inteiro”, disse Sousa Gomes. Sobre os novos corpos sociais, António José Ganhão adiantou ainda que nenhum dos membros do conselho de administração vai exercer o seu cargo de forma remunerada.

«JNP/Ribatejo»

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