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sexta-feira, 8 de maio de 2015

VENDEDORES DE PURIFICADORES DA ÁGUA USAM MÉTODOS AGRESSIVOS E FALSOS


Águas do Ribatejo garante água segura e de qualidade com base em 10000 análises anuais com certificação e acompanhamento da entidade reguladora ERSAR
ÁGUAS DO RIBATEJO (AR) tomou conhecimento que algumas empresas que comercializam sistemas, alegadamente, “purificadores” de água para instalação em torneiras, estão a promover, mais uma vez, campanhas agressivas de marketing com recurso a argumentos falsos e alarmistas.
As estratégias comerciais, alegadamente, recorrem a dados falsos sobre a qualidade da água que abastece os cerca de 150 mil habitantes dos concelhos de Almeirim, Alpiarça, Benavente, Coruche, Chamusca, Salvaterra de Magos e Torres Novas. A AR garante que a água que distribui é de boa qualidade e totalmente segura para consumo humano, como atestam as cerca de 10 mil análises realizadas anualmente segundo o Plano de Controlo de Qualidade da Água em curso.
Os relatos que nos chegam de clientes, utentes e autarcas, referem que as empresas vendedoras de purificadores “alegam que a água que servimos na região é de má qualidade” e  fazem demonstrações nos domicílios dos utentes contactados.
Nessas demonstrações são usados reagentes que alteram a tonalidade, o sabor e outras características da água, convencendo desde modo que pode estar em risco a saúde dos consumidores.
Uma das demonstrações frequentemente realizadas por algumas das empresas fornecedoras de purificadores de água é o da eletrólise da água da torneira, na qual os sais minerais e compostos que existem na água são separados através da corrente elétrica, acumulando-se nos elétrodos colocados dentro da água.
A acumulação destes compostos e sais minerais nos elétrodos forma uma película visível, devido à separação dos diferentes elementos químicos naturalmente presentes na água destinada ao consumo  humano.
A segunda parte da demonstração consiste, regra geral, em realizar o mesmo procedimento na água filtrada pelo “purificador” que se pretende comercializar. Esses aparelhos recorrem a processos de osmose inversa ou de permuta iónica, onde os sais minerais presentes na água são retidos, pelo que quando ocorre a eletrólise dessa água não se forma a referida película.
Nessas demonstrações pretende-se levar o consumidor a acreditar que a água que chega a sua casa pela rede pública tem uma má qualidade.
Na verdade, a osmose inversa, ao eliminar os sais minerais dissolvidos na água, transforma uma água mineralizada e equilibrada no equivalente a água destilada, como a utilizada, por exemplo, no ferro de engomar. As partículas, sais minerais e outros elementos que ficam conferem uma cor esverdeada e um aspeto que preocupa os consumidores.
A água purificada por osmose inversa é normalmente utilizada em indústrias farmacêuticas, laboratórios ou outras indústrias que necessitam, em processos fabris, de uma água com elevado grau de pureza, mas não é a mais adequada ao consumo humano. Após a osmose inversa a água terá carência de sais minerais dissolvidos e o seu consumo não é aconselhável, já que, para ter funções biológicas, a água necessita conter sais minerais, como o sódio, potássio, cálcio e magnésio.
A ÁGUAS DO RIBATEJO, corroborando uma posição reafirmada pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) e pela Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas (APDA) reitera a sua preocupação sobre a utilização deste tipo de “purificadores da água”, na sequência de outras já anteriormente veiculadas.
Estas empresas vendem sistemas de filtros que dizem melhorar a qualidade da água, mas que, ao invés, transformam a água distribuída num produto não aconselhável ao consumo humano.
Importa, mais uma vez, salientar que as concentrações de compostos químicos na água para consumo humano têm de cumprir os valores paramétricos estipulados no Decreto-Lei n.º 306/2007, de 27 de Agosto, que rege a qualidade da água destinada ao consumo humano.
Refira-se que esses valores paramétricos, foram estabelecidos a nível europeu e em articulação com as recomendações da Organização Mundial de Saúde, tendo por objetivo proteger a saúde humana.
Para a vigilância da qualidade da água as Entidades Gestoras de sistemas de abastecimento de água, onde se inclui a ÁGUAS DO RIBATEJO, executam, de acordo com o estabelecido no referido diploma legal, um controlo de qualidade da água para consumo humano, assim como um controlo operacional nos diferentes órgãos do sistema de abastecimento.
A ÁGUAS DO RIBATEJO assegura que a água distribuída nos sete municípios onde serve mais de 150 mil pessoas é obrigatoriamente controlada por análises rigorosas.
AUTORIDADES ACONSELHAM CONSUMO DE ÁGUA DA TORNEIRA
O Diretor-Geral de Saúde defende o consumo de água da rede. Francisco George afirmou que a água da torneira é de excelente qualidade, permite reduzir os resíduos (plástico, vidro e metais usados nas águas engarrafadas), e é muito mais barata.
O presidente da Associação de Médicos de Saúde Pública aconselha o consumo da água da torneira e diz que ele próprio tem estimulado a ingestão de água das redes públicas.
Também a Quercus aconselha o consumo de água da torneira. Quando se sentir o sabor a cloro, usado para desinfetar a água e proteger os consumidores, os técnicos aconselham que se deixe a água num jarro ou copo para que o cloro possa evaporar-se e depois pode consumir-se com um sabor normal e sem qualquer consequência para a saúde.
Perante as suspeitas indiciadas nos métodos utilizados por algumas empresas vendedoras de sistemas de purificação da água, as autoridades competentes estão a investigar as denúncias de alguns consumidores.
A ÁGUAS DO RIBATEJO está disponível para esclarecer os seus clientes e consumidores através dos seus contactos habituais

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