O "segredo" do sucesso dos outros

Talvez o caso que se segue se aplique a Alpiarça e a quem gere os seus destinos, porque sem a força e o apoio do   “capital” nunca iremos a lado algum

É bom sabermos - ou tentarmos descobrir  - o segredo do sucesso dos outros. Não é vergonha nenhuma. Antes pelo contrário.

E, porque não sabermos como os que os outros fizeram para que possamos fazer igual ou diferente.

Talvez o caso que se segue se aplique a Alpiarça e a quem gere os seus destinos, porque sem   “capital” nunca iremos a lado algum.

“Em Portalegre, palco do primeiro investimento de Jerónimo Martins Agroalimentar, vivem-se dias de entusiasmo, pois, como diz a presidente da Câmara ,Maria Adelaide Teixeira, não é fácil atrair investimento para um concelho do interior.

Com o investimento do Pingo Doce (ver Caixa) vai” fazer a diferença no concelho e até na região, pois irá ajudar a desenvolver novos pequenos negócios tanto e jusante como a montante.”

Para aliciar aqueles que equacionem instalar-se em Portalegre, Maria Adelaide Teixeira acena com isenção total de derramas municipais, redução de 30% no IMI  e minimização de custos relacionados com abastecimento de água e serviços de saneamento na zona industrial”.

Alpiarça teve durante décadas uma enorme indústria e comércio. Hoje encontra-se num autêntico marasmo e incapacidade de investimento.

Salvo uma excepção (Rosa do Céu/foto) os eleitos comunistas tiveram sempre dificuldade em compreender os sinais do tempo e de verem o “capital” como um “bicho papão”. Nunca se preocuparam em saber ou encontrar as causas do desaparecimento do tecido empresarial e industrial que depois do 25 de Abril, em vez de aumentar diminuiu de tal forma que o concelho entrou numa profunda decadência.

“Portalegre já teve 28 mil habitantes e agora só tem 25 mil, por isso temos aqui muito para fazer. Sem emprego nada disto é possível” pelo que o investimento da Jerónimo Martins   é mesmo muito bem vindo” diz a autarca.

Pena Alpiarça não ter “Jerónimos Martins” ou autarcas que possam e saibam ir em busca de algo do género.

“O Grupo irá aplicar 40 milhões de euros na transformação de leite, na construção de uma unidade industrial em Portalegre, criando 40 postos de trabalho, mas António Serrano, presidente da recém-criada Jerónimo Martins Agroalimentar, garante que já está no terreno à procura de outras oportunidades, na produção de peixe em aquacultura e ainda na produção de carne bovina. E porque  a ‘Jerónimo Martins’ entrou neste negócio para ficar? Porque “está a aumentar a procura de carne, leite e produtos derivados. A população mundial está a aumentar e isto coloca uma pressão muito forte nos recursos: alimento, água, isso dos solos, etc..” acrescenta António Serrano no ‘Expresso’.

 A “desculpa” ou o “argumento” de que “não temos dinheiro”  é uma justificação  esfarrapada, pela simples razão de que não devem ser os “investidores a procurarem-nos” mas sim “nós a procura-los".

Enquanto no burgo se pensar e defender princípios contrários ao grande investimento dificilmente Alpiarça andará para frente e muito menos crescerá porque já nem para dormitório serve.

“Com o investimento de 40 milhões Portalegre terá mais: 40 postos de trabalho que serão criados de forma directa na nova fábrica de Portalegre; 100 milhões de litros de leite por ano. É esta a capacidade de processamento de leite a instalar na zona industrial da cidade, pela Jerónimo Martins. Um valor que duplica a actual disponibilidade existente na cidade é zero é u custo das derramas municipais em Portalegre para empresas que alí se queiram instalar. O IMI rem uma reduçãode 30%”

 (*) Fonte: “Expresso”