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| Por: Raúl Figueiredo |
No dia 9 deste mês, antes da hora marcada, acompanhei um familiar para tratar do receituário que, de acordo com as regras estabelecidas, é um serviço que só está disponível às terças-feiras pelas 8.00h da manhã sendo atendidos 15 doentes por ordem de chegada.
Os doentes, grande parte idosos, sabe que este limite se esgota depressa e, por isso, acorrem ao Centro de Saúde a partir 1.30h, ou mais cedo, sendo certo, como se verificou naquela manhã, que quem chegar depois das 5.00h da madrugada, já não tem qualquer possibilidade de ser atendido. Naquela manhã juntaram-se cerca de 40 pessoas, a maior parte reformados e pensionistas com reformas de miséria.
Este foi o quadro que encontrei naquela terça-feira, dia 9 de Setembro, o que, de acordo com o que ouvi junto de utentes naturalmente revoltados, se repete todas as terças-feiras.
Se juntarmos a esta situação o período de férias e a falta de médicos temos um quadro nada compatível com aquilo que o Serviço Nacional de Saúde tem obrigação de oferecer aos seus utentes: um serviço de qualidade, oportuno, universal e tendencialmente gratuito.
Perante esta situação não podia ficar calado. De imediato informei o Sr. Presidente da Câmara e a Comissão de Utentes do que se estava a passar no nosso Centro de Saúde o que, sem exagero, é aviltante para qualquer ser humano com direitos conquistados e consagrados na Constituição da República Portuguesa.
Por fim desejo garantir que, como membro da direcção do MURPI, estou disponível para colaborar com a Autarquia e com a Comissão de Utentes para que os problemas que afectam a qualidade dos serviços prestados pelo Centro de Saúde se normalizem rapidamente, a bem da população de Alpiarça.
