A troca de galhardetes entre António José Seguro e António Costa continua a dar que falar. Este sábado, em entrevista ao jornal i, o secretário-geral do PS acusa o adversário de ser “oportunista” e “desleal” e de por em risco a “ascensão” do partido frente aos partidos da maioria governamental.
As eleições primárias do PS estão agendadas para 28 de setembro. Até lá há ainda mais um debate televisivo a realizar-se entre os dois candidatos e muitas páginas a preencher na imprensa com as declarações dos dois socialistas que almejam a cadeira de S. Bento.
Este sábado, em entrevista ao jornal i, António José Seguro voltou a acusar António Costa de ser “oportunista” e “desleal” para com os militantes socialistas.
Para o secretário-geral do PS, esta decisão de Costa se chegar à frente para disputar a liderança do partido abre um precedente perigoso, afinal, questiona, quando o PS sair do poder “quem é que estará disposto a agarrar no PS como eu agarrei” sabendo que “em qualquer altura pode haver um oportunista que se lance na liderança”?
As farpas atiradas ao ainda presidente da autarquia lisboeta não se ficam por aqui e Seguro coloca em causa a “confiança” que se pode depositar nas ‘costas’ de Costa.
“Alguém que não cumpre um acordo no interior do seu próprio partido, que é desleal com o secretário-geral, que confiança é que pode dar aos portugueses?”, questionou, lembrando que António Costa votou a moção que assegurava que o secretário-geral era também o candidato a primeiro-ministro.
“Ele votou essa moção e passado um ano rasgou esse compromisso”, sublinhou.
Sobre o resultado que o PS poderá atingir nas eleições legislativas do próximo ano, Seguro é realista e admite: “Espero que [a luta interna] não ponha em causa a maioria absoluta, mas é muito mais difícil”.
Até porque, sublinha, “o PS estava em ascensão”, mas agora, a crise interna “vem puxar o PS para baixo”.
«NM»
1 comentário:
Duas personagens do clube dos mesmos de sempre que tem governado Portugal desde o 25 de Novembro de 1975, a baterem-se um contra o outro para continuarem a mesma politica de sempre nenhum deles fala em mudança.
Que lição de democracia? Um que não deixa o outro acabar o mandato para que foi eleito.
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