Comunicado à Imprensa
Confirmando a situação de calamidade que se vive no sector da Restauração e Bebidas, as insolvências declaradas, no 1º semestre deste ano, são infelizmente, lideradas pelo nosso sector de actividade.
Este triste 1º lugar, diz respeito a 117 insolvências, que representam 14,5% do total nacional, conforme informação da Coface.
Importa salientar as diferenças entre insolvências declaradas de empresas, e o encerramento silencioso de cerca de 3.000 estabelecimentos, no mesmo período.
Por se tratar de um sector com 99,7% de micro e PME’s, esmagadoramente familiares, o ritmo e a quantidade de insolvências não acompanham os encerramentos.
Para além destas empresas familiares, infelizmente, estamos num país em que é uma vergonha declarar falência, e em que muitas são as que recorrem ainda, à figura jurídica de empresas em nome individual, não chegando a ser declarados os respectivos encerramentos de actividade.
Não podemos continuar a assistir, como se não fosse nada connosco, ao drama de se estarem a lançar na miséria milhares de empresários que não têm direito a subsídios de desemprego ou apoios da segurança social e vão para a rua passar fome, pois até as próprias residências lhes são penhoradas pela banca, e pelas finanças.
Importa destacar que, em paralelo, estes encerramentos estão a enviar para o fundo de desemprego, milhares de trabalhadores, que conforme a AHRESP® – Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal estimou, deverão chegar aos 120.000 nos próximos dois anos, fruto do encerramento de cerca de 54.000 estabelecimentos de Restauração, o que significa uma grave perda de receita para a segurança social, pois não só deixará de receber as contribuições desses trabalhadores, como terá de suportar os custos inerentes aos respectivos subsídios de desemprego. Assim, estima-se que o Estado terá um prejuízo global superior a 980 milhões de euros.
A AHRESP® recorda a proposta que fez ao governo para a criação de 40.000 postos de trabalho, e de aumento de receita fiscal, em oposição aos cenários de catástrofe que provou ocorrerem, se o IVA não baixar para a taxa reduzida, como acaba de fazer a Irlanda, e os países concorrentes – Espanha, França, Itália, etc.
A AHRESP® recorda a proposta que fez ao governo para a criação de 40.000 postos de trabalho, e de aumento de receita fiscal, em oposição aos cenários de catástrofe que provou ocorrerem, se o IVA não baixar para a taxa reduzida, como acaba de fazer a Irlanda, e os países concorrentes – Espanha, França, Itália, etc.
Finalmente, importa salientar o panorama negro que se adensa sobre o sector do Alojamento que, pela primeira vez de forma histórica, entra no ranking de insolvências.
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