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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Agricultura: Ministra preocupada com quebra de produção nacional de cereais

A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, admitiu  preocupação perante a quebra na produção nacional de cereais, garantindo que o governo está “totalmente empenhado em aumentar a produção”.
“Nós já tínhamos noção de que de facto os sinais apontavam para uma quebra muito grande e obviamente é sinal de preocupação para o governo, mas vamos acompanhar e analisar e depois oportunamente alguma coisa que haja a comunicar será dita”, disse Assunção Cristas à margem da cerimónia de abertura da 32.ª edição da Agrival em Penafiel.
A ministra reagia assim à informação do Instituto Nacional de Estatística que na quinta-feira alertou para uma produção de cereais abaixo das 180 mil toneladas, atingindo "mais um mínimo histórico", devido à diminuição da área semeada e da produtividade originada pelas condições climatéricas.
Assunção Cristas destacou ainda que a situação “obviamente é preocupante e o governo está totalmente empenhado em aumentar a produção”.
“Aumentar a produção passa por muitos produtos mas também pelos cereais e obviamente que não são boas notícias. Mas esta é a contingência da agricultura e estas são as coisas que nós não controlamos”, realçou.
Também sobre os ataques de míldio às vinhas, cuja produção deve sofrer este ano uma redução de 25 por cento segundo previsões do INE, a ministra assinalou ser uma “matéria sobre a qual já havia sinais”.
“Agora são cada vez mais evidentes, estamos a acompanhá-los e a direção regional de Lisboa e Vale do Tejo está a acompanhar no terreno todas essas matérias e vamos obviamente avaliar e alguma coisa também diremos”, referiu.
A ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território presidiu à abertura oficial da 32.ª edição da Agrival, Feira Agrícola do Vale do Sousa que anualmente tem ultrapassado os 100 mil visitantes.
Na edição de 2010 a organização estimou terem sido gerados quatro milhões de euros em negócios.
Durante a cerimónia, Assunção Cristas destacou a importância da agricultura para o atual executivo, defendendo que “um euro gasto na agricultura é uma despesa que traz retorno”.
“Estamos convencidos que por aqui também se joga muito o futuro do nosso país”, frisou, apelando a um aumento em “10 a 15 por cento” na produção de cada exploração e a uma conversação e entendimento entre agricultura, indústria e distribuição.
À saída disse mesmo existirem problemas ao nível da distribuição, salientando a importância de “conseguir sentar à mesma mesa o que é agricultura, agro-indústria e distribuição”.
«Lusa»





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