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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

PCP diz que “Estado pagou ao BIC para comprar o banco BPN”

O PCP adverte que o recurso a fundos de pensões da banca para tapar "buracos" orçamentais irá descapitalizar a Segurança Social no futuro.
"A verdade é que o Estado pagou ao Bic para comprar o banco BPN", criticou Jorge Pires, membro da comissão política do PCP, falando perante um grupo de militantes comunistas concentrados em frente à sede do Banco Português de Negócios, em Lisboa.
O dirigente comunista disse que o PCP irá "lutar até ao limite das possibilidades para inverter esta decisão" de venda do BPN ao banco Bic por 40 milhões de euros "limpo de dívidas e recapitalizado", considerando que se trata de um "escândalo económico e político".
Para o PCP, a promessa da manutenção de metade dos cerca de 1.500 postos de trabalho não chega, afirmou Jorge Pires, exigindo que todos os trabalhadores tenham a "garantia do emprego".
O dirigente comunista reiterou que há soluções alternativas para o BPN, defendendo a manutenção do banco no sector público, vocacionado para as pequenas e médias empresas e para as empresas exportadoras.
Questionado sobre a medida hoje avançada pelo representante da Comissão Europeia, Jurgen Kroeger, de que o Governo vai recorrer a fundos de pensões dos trabalhadores da banca para cobrir novos "buracos" com o BPN e a Madeira, Jorge Pires advertiu que será a Segurança Social a ficar com essa responsabilidade no futuro.
"De certeza que no futuro esta responsabilidade que sai hoje do fundo de pensões vai passar para a Segurança Social pública e, portanto, esta é mais uma forma de descapitalizar a Segurança Social no futuro e nós estamos em completo desacordo com medidas deste tipo", afirmou, acrescentando que os fundos de pensões "vão ser ainda mais desvalorizados".
O dirigente comunista criticou o facto de ter sido um membro da 'troika' que negociou o empréstimo financeiro a Portugal a divulgar medidas do Governo pouco depois de uma conferência de imprensa do ministro das Finanças.
"Isto mostra claramente que nós estamos cada vez mais submissos aos interesses da 'troika' e portanto não faz nenhum sentido que o ministro das Finanças venha anunciar seja o que for porque a partir de agora ficamos à espera que daqui a três meses a 'troika' venha dizer o que é que o país tem que fazer", ironizou.
«E»

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