As câmaras municipais estão falidas. Alimentaram durante décadas clientelas locais, torraram o dinheiro que não tinham, endividaram--se alegremente – até que chegaram à indigência: já não podem recorrer à banca e as receitas não chegam para sustentar o luxo a que se habituaram.
Há excepções, pois claro.
Falo da regra geral – e mesmo as raras excepções vivem dias negros. O Poder Local, uma das mais importantes conquistas da democracia, é hoje uma triste história de esbanjamento sem tino.
Os 308 municípios são uma espécie de sultanatos – e cada presidente um sultão de costas viradas para o vizinho.
Talvez não seja má ideia uma nova organização administrativa. Ao menos, saía-nos mais barato.
«Correio da Manhã»
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