Em termos de democracia a Câmara de Santarém está tão bem servido de Presidente como a de Alpiarça está de dinheiro.
O direito à liberdade de expressão não pode ser apenas um slogan ou mero exercício de retórica. A crítica politica, sendo essencial ao debate público e a transparência de gestão da coisa pública, deve ser cultivada.
Em conformidade com a última Assembleia Municipal de Santarém, deixamos alguns exemplos da democracia que Moita Flores e liberdade de expressão tanto apregoa e defende:
Um presidente de Junta de Freguesia argumenta para Moita Flores: « Se não posso fazer perguntas à Câmara aqui na Assembleia, o que é que estou aqui a fazer? É que além de não ter respostas ainda dou ofendido sempre que falo».
O presidente da Junta teve como resposta de Moita Flores o seguinte mimo: «Se se sente ofendido é porque se põe numa posição de marginal por isso «demita-se do cargo que ocupa»
E porque é incomodativo para o autarca ter que conviver com quem o incomoda pela falta de pagamento ou das atribuições de subsídios, responde ainda - ao responsável pela Junta - deixando ao mesmo tempo um recado para os outros: «Só os vadios discutem as dividas da Câmara».
Mas foi remédio santo que naquela elegante sala (de Santarém) não se ouviu mais ninguém vadiar»
Fonte: “O Ribatejo”
1 comentário:
Não são os "vadios" que discutem as dívidas das câmaras!
São os cidadãos educados no respeito pela democracia, pelos valores e por tudo aquilo que não está consignado em lei, mas que faz parte dos valores e tradições culturais do povo.
Pagar atempadamente a quem se deve deveria ser, e é elementar.
Fazer obras sem dinheiro foi algo que se institucionalizou no pós 25 de Abril.
Mesmo na vida particular quantos conhecemos que andam montados em carros topo de gama, moradias "à la Hollywood", penhoras e execuções fiscais no dia a dia, mas quem os ouve falar até parecem ser sérios e serem os detentores da verdade.
A gente "de vergonha" preferia que se fossem os anéis, mas que ficassem os dedos.
Se fosse preciso sacrificar algum conforto, ou bens materiais para cumprir com as responsabilidades assumidas, vendiam-se estes e recomeçava-se desse ponto.
Há uma geração que se instalou pós 25 de Abril que espera que a geração anterior morra para que ninguém lhes mande à cara os actos de que deviam ter vergonha.
Infelizmente (para eles) a esperança de vida aumentou e ainda vão ter de ouvir por muitos anos pessoas a chamar-lhes VIGARISTAS.
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