Artigo de Opinião
Por: Mariana TeixeiraEstimados leitores os meus respeitosos agradecimentos e as minhas modestas desculpas por alguma coisa que tenha escrito que não lhes agradasse. Por razões de afazeres profissionais, durante uma temporada não poderei colaborar com mais crónicas para o “Jornal Alpiarcense”. Não é uma despedida mas sim uma suspensão temporária (não como Rosa do Céu o fez para ir para o Turismo) que talvez se mantenha até as eleições autárquicas.
É-me impossível dedicar os meus tempos livres escrevendo crónicas, por mais que me tenha pedido o administrador deste jornal e pela consideração que tenho por ele, mas a minha vida profissional assim o exige como o meu bem-estar e segurança para com o futuro.
De qualquer maneira deixo a minha opinião que provisoriamente será a “última” da temporada.
Atravessei o “Largo da Boneca” no passado sábado a fim de assistir à apresentação dos candidatos da CDU. Gostei do Mário e seus seguidores.
Falou muito bem e acredito naquilo que disse, mas deixou-me uma grande dúvida:
Que projectos para o desenvolvimento local e onde vai arranjar verbas como apoios? Não vou em “discursos”.
Gosto de projectos e ideias palpáveis de forma a poder ter a mínima garantia da sua realização.
Os seguidores de Mário, tanto para a “Junta de Freguesia” como para a “Assembleia Municipal” não me inspiraram confiança como fiquei com a sensação que os “impingiram” para aqueles lugares por não haver outros.
Não acredito politicamente neles porque falta-lhes algo que nem sei explicar como.
Parece-me que vieram do desconhecido e que estão a meterem-se numa aventura que o final vai ser a derrota.
Quanto ao Mário, um bom orador, mas deve-se actualizar aos tempos modernos.
Deixar a velha cantilena de que os outros «são os maus; que os outros enganaram o eleitorado e que se desgastaram no poder».
Esta conversa de “tasca” não deve existir. É o clamar do tambor dos derrotados. Para vencerem precisam de dizer mal dos adversários.
O povo detesta este rancor.
O vencedor é aquele que diz mais ou menos assim.
«Meus amigos, eu vou fazer isto e mais aquilo, desta e daquela forma.
Faço o que disse com estes projectos (descrimina-os) e para os realizar penso utilizar os seguintes métodos (diz quais são).
Para os poder realizar preciso do vosso apoio e dos vossos votos (demonstra convicção).
Garanto-lhes, se não conseguir realizar estas promessas que lhes estou a dizer, demito-me do cargo para que fui eleito por vós (demonstra seriedade).
Assim, existem duas possibilidades.
Ou ganho porque vocês confiam em mim ou perco porque o adversário foi melhor do que eu (aceita a luta mas admite que perdeu).
Agora dizer que faz «tudo e mais alguma coisa» sem mostrar como vai consegui-lo (demonstra falta de capacidade e protege-se de um sonho que sabe não conseguir levar por diante) e sem dar a certezas (demonstra que…não tem os pés bem assentes no chão como a meta que pretende atingir está longe dos seus horizontes.
Fá-lo em nome do partido e da respectivas ideologias).
O Mário não fez isto!
Não conseguiu fazer a apresentação sem atacar o adversário e quer chegar onde está o adversário à custa dos defeitos dele, esquecendo-se que ele se encontra numa situação diferente e num lugar que, possivelmente, não o consegue destronar.
A fraqueza dos fracos ou daqueles que sabem à partida que vão perder é atacar o «inimigo» dizendo mal dele quando deveria mostrar que é melhor.
Defender a sua tese sem atacar ninguém e demonstrar o que «vai fazer é muito seu e que para atingir o pico da montanha não precisa dos outros nem acusar quem quer que seja».
Confesso que neste aspecto o Mário decepcionou-me e a cara sisuda dos restantes mostraram-me frieza e falta de equilíbrio como de confiança.
Fizeram-me lembrar alguém que suspendeu o mandato recentemente.
O Mário que deixe de ter aquela cara séria para que possamos pensar que também sabe brincar e beber um copo na “Tasca da Célia”, mesmo sendo ele do povo como é.
A equipa apresentada e que me fez atravessar o “Largo da Boneca” decepcionou-me.
Garanto-lhes que, apenas vai ter os votos dos correlegionários e de mais meia dúzia de amigos.
Logo…a derrota.
Pessimista eu?
Não! Apenas vejo aquilo que a experiência me ensinou.
Não se ofendam comigo, porque este palavreado todo, mais não é do que a minha sincera opinião.
Querem a prova e testemunho?
Então não se esqueçam desta crónica que vos escrevi e lhes dediquei.
Depois das eleições falaremos!
Nessa altura, veremos quem tinha razão.
Para vocês meus leitores, muitos beijinhos e até uma próxima oportunidade, com uma lagrimazita no canto do olho.
Para o “Jornal Alpiarcense” um “especial obrigado” por me ter convidado e trazido para estas lides.
Voltarei!
(NR: O nosso obrigado a Mariana Teixeira pela sua colaboração. As colunas deste jornal estarão sempre ao vosso dispor)